Os empacotadores seguem espremidos entre a produção e o varejo. Esta é uma das razões que levam o mercado a trabalhar em ondas. O consumidor, cada dia mais necessitado de comprar o que houver de mais barato, dá início ao processo que acaba por afetar a todos. Boa parte dos empacotadores tem enfrentado um varejo cada vez mais poderoso e insensível a qualquer argumento que não seja preço. O problema é que pouco importa se a classificação do Feijão é T-1 no pacote, mas dentro está um produto Fora de Tipo. Eles querem preço e com isso marcas que não têm o que perder colocam Feijões extremamente fracos para que sejam promovido nas redes. Outras tantas vezes o empacotador tradicional é coagido a baixar o preço para competir com estas marcas que no passado eram chamadas de talibãs, que agem como terroristas atacam e “explodem” com a marca e depois criam outra e voltam a trabalhar novamente da mesma forma. Não é uma questão de ser pequena a empresa, mas de não encontrar estratégia correta diante de varejistas multinacionais com compradores extremamente bem preparados e que têm margens muito diferentes do que tinham antes de serem vendidos para multinacionais. A venda de produtos básicos era feita com pequenas margens. Em muitos supermercados era considerado imoral ter margens abusivas em produtos tão básicos.
Fonte: IBRAFE