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PROBLEMAS NA BR-163

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, admitiu na terça-feira (16/1) a repetição de problemas logísticos na BR-163, com o descumprimento do cronograma de obras para o asfaltamento de um trecho final da rodovia, de cerca de 100 quilômetros, nas proximidades do Porto de Miritituba (PA). Em fevereiro de 2017, cerca de 4 mil caminhões ficaram parados em atoleiros e fecharam o trecho da rodovia, usada para o escoamento da safra brasileira de grãos pela Região Norte.

O governo adotou uma solução emergencial com ações do Exército. A obra de asfaltamento do trecho final da rodovia deveria estar pronta em 2018, mas deve terminar somente em 2020, segundo cálculos do setor de logística.

- Eu acho que o cronograma montado não será cumprido este ano em que deveríamos ter a rodovia sem atoleiros e o problema vai estar lá ano que vem também – admitiu o ministro.

Maggi estimou que 10 milhões de toneladas de grãos poderiam ser exportadas pelo porto paraense, mas que no máximo 8 milhões de toneladas serão escoadas pelo modal este ano.

- Mesmo com esse volume exportado, há perda grande de grãos durante o trajeto. Nem o produtor ganha, nem o exportador ganha e nem o caminhoneiro – explicou o ministro.

Por outro lado, Maggi fez uma análise otimista sobre o andamento da safra de verão, com as chuvas abundantes em todas as regiões, mas disse temer perdas de produtividade na safrinha. Isso pode ocorrer por conta do atraso no plantio da primeira safra e, consequentemente, no cultivo da segunda safra, de acordo com o ministro.

- O clima é excepcional, a primeira safra vai ser cheia e pode ser recorde. Mas a segunda safra pode ser menor, porque houve atraso de 15 a 20 dias no plantio. A esperança é de alguma chuva extra para maio e junho – afirmou.

O ministro considerou que a possível redução na oferta de grãos, principalmente de milho, não prejudicará os setores aves e suínos, já que a safra anterior gerou um estoque de passagem de 12 milhões de toneladas,

- Isso garantirá preço estável para setor – afirmou.

Fonte: Estadão Conteúdo



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