Definitivamente, para as exportações de carnes 2018 ainda não começou. Para comprovar, basta observar que a receita cambial dos nove primeiros dias úteis do mês (de um total de 22 dias úteis) corresponde – se analisada sob o prisma da média diária – ao terceiro pior resultado da corrente década (85 meses). Ou seja, de janeiro de 2011 para cá só está acima dos US$45,494 milhões de janeiro de 2016 e dos US$ 47,490 milhões de janeiro de 2015. A única (mas enorme) diferença é que, por exemplo, em janeiro de 2016 o dólar alcançou valor médio próximo de R$4,04 e, agora, anda abaixo dos R$3,25.
Embora janeiro corrente seja mês mais longo que dezembro passado (dois dias úteis a mais), as três carnes tendem à redução de volume em relação ao mês anterior. A de frango e a suína de algo em torno dos 5%. A bovina, de mais de 15%.
Já em comparação a janeiro de 2017 (com, também, 22 dias úteis, como janeiro corrente), as previsões de queda se restringem às carnes suína e de frango e são bastante significativas. A primeira sinaliza redução superior a 20% e a de frango tende a um volume cerca de 15% menor. Quer dizer: por ora, só a carne bovina projeta aumento em relação a janeiro de 2017 – mas discreto, de aproximadamente 4%.
Pelo mesmo raciocínio, também a receita cambial deste mês deve ser menor que a do mês passado e a de janeiro de 2017, porquanto as carnes suína e de frango estão com preços inferiores. Novamente, a exceção cabe à carne bovina. Mas não em índice capaz de neutralizar a redução de receita das outras duas carnes.
Fonte: Avisite