A tabela abaixo mostra a evolução do plantel de poedeiras e a da produção de ovos entre janeiro e setembro do ano passado e do corrente exercício em 24 Unidades Federativas brasileiras, relacionadas conforme o volume de ovos produzidos em 2017.
O levantamento, efetuado pelo IBGE, abrange apenas granjas com 10 mil ou mais poedeiras e, portanto, não reflete a totalidade da produção dessas UFs ou mesmo do País. De toda forma, é um eficiente indicador da evolução do setor de postura no Brasil.
Por exemplo, números do próprio segmento já apontavam aumento no plantel brasileiro de poedeiras. O levantamento do IBGE confirma isso e indica que, entre as 24 UFs enumeradas, apenas duas reduziram seus planteis.
Neste caso, o que mais chama a atenção é o aumento de mais de 60% no plantel fluminense. Notar, porém, que as (cerca de) 200 mil poedeiras adicionais do Rio de Janeiro representam menos de um décimo do adicional de São Paulo, cujo plantel conta, neste ano, com quase 2,5 milhões de poedeiras a mais.
No total, o Brasil registrava, em 30 de setembro de 2017, um plantel de 153,3 milhões de poedeiras – 10,8 milhões de cabeças a mais que um ano antes, o que configura aumento anual de 7,5%.
Em termos de produção, a liderança – até agora imbatível – permanece com São Paulo, que responde por, praticamente, 30% da produção nacional. Porém, nunca é demais lembar que em São Paulo está concentrada a maior parte das empresas de melhoramento genético do País. Como o levantamento do IBGE engloba tanto ovos de consumo como ovos incubáveis é certo que – no tocante ao produto para consumo humano – a participação paulista se encontra ligeiramente aquém da apontada.
Notar, de toda forma, que mesmo somando-se as produções de Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo – respectivamente, segundo, terceiro e quarto maiores produtores brasileiros – chega-se a um índice de participação (27,2%) que não alcança o de São Paulo.
No “frigir dos ovos” o IBGE relata aumento próximo mas inferior a 6,5% no volume global produzido pelo setor – ou seja, um índice de incremento inferior ao do plantel, que aumentou 7,56%.
Tal diferença sugere que parte do plantel adicional ainda se encontrava na fase de recria na época do levantamento (setembro de 2017), indicando que aumentos mais significativos estavam por vir. Isso talvez ajude a explicar a má fase experimentada pelo ovo no trimestre final de 2017.
Fonte: Avisite