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BASE DE DADOS METEOROLÓGICOS

Diante da importância do regime de chuvas para a agricultura, os técnicos da Embrapa Monitoramento de Satélite e do Climatempo estiveram nesta quarta-feira (13) reunidos com as equipes de entidades ligadas aos agricultores para trocar experiências sobre a base de dados meteorológicos para na previsão do tempo no oeste da Bahia. Os profissionais da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) relataram o gargalo na sistematização e armazenamento das estações meteorológicas na região.

Durante o encontro, os técnicos demonstraram a importância de ter acesso a uma base sólida e confiável do regime de chuvas que pode nortear a rotina dos agricultores e as ações das instituições ligadas ao setor, por exemplo, no uso de recursos materiais e humanos nas fases de plantio, aplicação de defensivos e na colheita, além de subsidiar estudos e zoneamentos regionais.

Na avaliação dos técnicos da Embrapa Monitoramento por Satélite, Paulo Barroso e Janice Leivas, esta foi a primeira reunião de diagnóstico para entender qual a estrutura e base de dados de meteorologia na região.

- Já existe um trabalho na obtenção de dados, o que talvez seja necessário é a unificação e tratamento em uma base de dados compartilhada gerando informações que sejam relevantes para os agricultores – afirmam.

Já os técnicos do Climatempo, João Rodrigo de Castro e Patrícia Madeira, acreditam em uma futura parceria que possa levar maior confiabilidade dos dados disponibilizados.

- O regime de chuvas interfere diretamente na rotina produtiva e ter uma base sólida e consolidada na obtenção, arquivamento e tratamento das informações podem ser bastante interessantes aos agricultores, de maneira individual, e para as entidades, de forma macro, podem estabelecer e influenciar políticas específicas para o setor agrícola – afirma.

O analista ambiental da Aiba, Enéas Porto, acredita que um trabalho articulado para a obtenção de uma rede de informações nas estações meteorológicas públicas e privadas poderia apoiar o desenvolvimento de trabalhos técnicos para o entendimento do comportamento hidroclimático e apoiar os produtores na tomada de decisões no campo.

- No oeste da Bahia, existem 39 estações pluviométricas e 32 fluviométricas públicas em funcionamento. Mesmo com registros desde 1911, ainda existem lacunas nestes dados. Existe uma quantidade expressiva de estações meteorológicas nas fazendas, mas não há compartilhamento e integração destes dados – afirma.

Além das estações, os técnicos do programa fitossanitário do algodão, realizado pela Abapa, disponibilizam em relatórios os dados do regime de chuvas dos núcleos regionais espalhados pelo oeste e sudoeste baiano e o comparativo com a última safra.

- É uma base de registro do regime de chuva, que poderia contribuir para a formatação de um banco de dados com o cruzamento de informações com as estações existentes.  Ter uma base eficiente e constantemente atualizada seria muito útil para o gerenciamento nas fazendas – explica o coordenador do programa fitossanitário do algodão, Antônio Carlos Araújo.

Também participaram da reunião, o diretor-executivo da Abapa, Lidervan Mota, Luiz Stahlke, assessor de agronegócios da Aiba, Ronei de Jesus Pereira, do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães, Sunny Aaron, do Sindicato Rural de Barreiras, e Júlio Cézar Bogiani, da Embrapa.

Fonte: Abapa



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