O dólar recuava nesta segunda-feira e já abaixo do patamar de 3,30 reais, acompanhando a trajetória da moeda norte-americana no exterior à espera do desfecho do projeto de reforma tributária norte-americano.
O movimento também vinha após a reforma da Previdência ser adiada para fevereiro de 2018, o que acabava levando o mercado a fazer pequenos ajustes agora após ter reagido com alta às dificuldades que o governo enfrentou ao tentar votar a matéria ainda neste ano.
Às 10:14, o dólar recuava 0,70 por cento, a 3,2849 reais na venda, depois de acumular alta de 2,34 por cento nas últimas três semanas. O dólar futuro cedia cerca de 0,15 por cento.
- A confirmação de que a reforma da Previdência será votada em fevereiro de 2018… retira certa medida do componente especulativo… e justifica o desmonte de parte das posições protecionistas armadas nas últimas semanas em meio às incertezas – afirmou a corretora Correparti em relatório.
A expectativa sobre se a reforma da Previdência seria ou não votada ainda este ano fez o dólar registrar uma sequência de altas neste mês que culminou com a moeda no maior nível em quase seis meses, a 3,3365 por cento na última quinta-feira.
Os investidores, agora, devem passar dias de menor estresse com o noticiário político em meio ao recesso parlamentar e mais voltados para o cenário externo, onde a expectativa recai sobre a reforma tributária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Nesta sessão, a moeda norte-americana recuava contra uma cesta com algumas incertezas de que o projeto de lei será efetivamente aprovado e com algumas dúvidas sobre o efeito do estímulo ao crescimento econômico.
O dólar também operava em queda ante moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
O Banco Central brasileiro fará novo leilão de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em janeiro, de 9,638 bilhões de dólares.
Fonte: Reuters