O Brasil é o segundo país com a maior área de floresta do planeta, com cerca de 30%. Também é o que dispõe da maior e melhor matriz energética limpa do mundo, com 26,2% de biomassa, sendo 16,1% de cana-de-açúcar, 8,3% de lenha/carvão e 1,8% de lixívia (água de lavagem das cinzas da queima de madeira). No entanto, o país desperdiça todo esse potencial. Hoje há um grande excedente de florestas e pouca valorização da biomassa energética.
Com esse contingente, a Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pretende criar uma agenda estratégica para propor dinamismos para o setor.
- Temos um potencial considerável para exploração econômica de produtos das florestas, sejam elas plantadas ou nativas, tais como energia, papel e madeira – observou o presidente da Comissão, Walter Vieira Rezende.
O preço-teto baixo da energia de biomassa, a oferta maior que a procura e a falta de políticas públicas são os principais entraves para o crescimento do setor.
- Queremos aumentar a competitividade da biomassa florestal na matriz energética nacional e vamos integrar no processo a visão acadêmica, o setor privado e o governo. Além de buscar soluções para melhorar os rendimentos dos produtores – acrescentou Rezende.
Hoje, cerca de 21 milhões de toneladas de resíduos de serrarias, da indústria moveleira e madeireira, são desperdiçadas por ano, segundo estudo da Universidade de Brasília (UnB). Esse potencial pouco aproveitado tem 4,1 Mega TEP (tonelada equivalente de petróleo) ou 1,4% de toda oferta interna de energia no Brasil em 2013, o que poderia gerar energia limpa.
A biomassa tem origem na fotossíntese realizada pelas árvores, pela qual a utilização de energia solar, água e gás carbônico (CO2) dá origem a compostos orgânicos e a oxigênio. A capacidade de se renovar, quando gerida sustentavelmente ao longo do tempo, torna-a uma energia inesgotável e com um balanço de CO2 nulo.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA