A reabertura do mercado russo à carne suína brasileira é iminente, disse nesta quarta-feira o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, durante uma conferência de imprensa em São Paulo.
A Rússia suspendeu temporariamente as compras de carnes bovina e suína do Brasil no fim de novembro, após supostamente encontrar vestígios do aditivo alimentar ractopamina em alguns lotes importados.
A Rússia é o principal destino das exportações brasileiras de carne suína. De janeiro a novembro, os russos compraram 251 mil toneladas do produto brasileiro.
A iminente reabertura desse mercado foi relatada à ABPA na terça-feira pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse Turra.
O Brasil, um dos grandes exportadores globais de carne suína, deverá exportar 693 mil toneladas do produto neste ano, uma queda de 5,4 por cento em relação ao ano anterior, uma vez que os estoques elevados na China afetaram os negócios.
A China foi no ano passado o terceiro importador de carne de porco do Brasil, segundo a ABPA.
Para 2018, a ABPA prevê uma alta de 4 a 5 por cento no volume exportado, retomando patamares próximos ao alcançado em 2016 (732 mil toneladas), em meio a um cenário de retomada do mercado russo, a abertura da Coreia do Sul e do Peru e a manutenção das vendas à África do Sul.
PRODUÇÃO
A ABPA afirmou ainda que a produção brasileira de carne suína deverá totalizar 3,758 milhões de toneladas em 2017, alta de 0,5 por cento sobre 2016.
No ano que vem, a produção deverá crescer em 2 a 3 por cento, graças à retomada econômica do país, à expectativa de manutenção dos custos de produção em patamares próximos dos atuais e à atratividade do mercado interno, segundo a ABPA.
Fonte: Reuters