A Noruega reduziu os pagamentos anuais que faz para o Brasil proteger a floresta amazônica em 60 por cento, para 42 milhões de dólares, devido a uma elevação do desmatamento em 2016, mas elogiou os sinais de que a destruição diminuiu neste ano, disse o Ministério do Meio Ambiente norueguês nesta sexta-feira. Os pagamentos anuais são parte de um programa de longo prazo de bilhões de dólares para conter a redução da floresta tropical amazônica e com isso frear o aquecimento global. As florestas são depósitos gigantescos de dióxido de carbono, o principal gás de efeito estufa produzido pelo homem, mas estão sendo desmatadas para a venda de madeira e para abrir caminho para fazendas.
A Noruega pagou 350 milhões de coroas, o equivalente a 42,16 milhões de dólares, pelo desempenho brasileiro em 2016, informou o ministério. Os pagamentos foram reduzidos em cerca de 60 por cento, tendo por base a média de 925 milhões de coroas pagas no período 2009-2016.
- Quando o desmatamento sobe, os pagamentos baixam – disse o ministro do Meio Ambiente, Vidar Helgesen, em um comunicado. – Estou, porém, satisfeito de notar que as cifras iniciais do desmatamento de 2017 mostram uma redução. Se confirmado, isso levará a pagamentos maiores no ano que ve – disse.
Em junho a Noruega alertou o presidente Michel Temer, durante uma visita, a respeito do corte nos pagamentos. O país, que lucra muito com o petróleo e o gás natural produzidos no Mar do Norte, é o maior doador estrangeiro envolvido na proteção de florestas tropicais, do Brasil à Indonésia. O desmatamento na Amazônia subiu para 7.989 quilômetros quadrados no período anual encerrado em julho de 2016, ante 6.207 quilômetros quadrados em 2015.
Fonte: Reuters