O governo brasileiro espera obter da União Europeia autorização para a exportação de ovos, depois da publicação do programa de monitoramento do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) na área animal, feita nesta semana. De acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa), basta as autoridades europeias reconhecerem oficialmente o programa brasileiro.
- Depois da publicação desse reconhecimento (da União Europeia), as empresas brasileiras poderão exportar ovo produtos para aquele importante mercado – diz o chefe da Coordenação de Resíduos e Contaminantes (CRC) da Secretaria de Defesa Agropecuária, Leandro Feijó, segundo nota do Ministério.
O Plano Nacional de Controle de Resíduos existe desde 1979, com o objetivo de monitorar a presença de produtos veterinários ou contaminantes ambientais nas propriedades que lidam com produtos de origem animal. Conforme o Mapa, as discussões para ampliar a abrangência em relação aos ovos começaram em 2006. A normativa foi publicada nesta semana.
Ainda segundo a nota, a instrução normativa publicada nesta semana ampliou a abrangência do PNCRC no setor de leite. A intenção também é apresentar o texto à União Europeia e obter autorização de exportação de produtos lácteos para o bloco. Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne o setor de aves e suínos comemorou a decisão do governo federal. De acordo com a entidade, a “atualização” das normas abrem também a possibilidade de exportar ovos para os Estados Unidos, país que enfrenta escassez do produto em função da gripe aviária.
- Temos condições de solicitar equivalência com os critérios exigidos por diversos grandes mercados, possibilitando a expansão das exportações do setor – explica Ricardo Santin, vice-presidente de aves da ABPA e presidente do Conselho Administrativo do Instituto Ovos Brasil, conforme nota da entidade.
Fonte: Globo Rural