A teoria da seleção natural das espécies, que imortalizou o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882), também serve para explicar o mecanismo pelo qual muitas plantas daninhas estão mais resistentes ao controle dos produtores rurais, trazendo prejuízos para atividade agrícola. Trata-se de uma ocorrência natural que acontece quando esses vegetais se adaptam ao ambiente. Esse processo é acelerado pelo uso incorreto ou excessivo de herbicidas, que acaba selecionando os indivíduos mais resistentes a esses produtos, criando gerações de superervas daninhas.
Segundo recente estudo da Embrapa Soja, a resistência de algumas espécies a agroquímicos vem trazendo sérios impactos econômicos à atividade produtiva. No caso da soja, o gasto com o controle das áreas infestadas com plantas resistentes representa um incremento médio de cerca de R$ 5 bilhões por ano em aplicações (na comparação com áreas sem esse problema). De acordo com informações da Circular Técnica nº 132, da instituição de pesquisa, de agosto de 2017, “se foram acrescentadas a este custo de controle, perdas médias de 5% da cultura da soja em função da competição com a população resistente, o custo total no Brasil poderia atingir R$ 9 bilhões anualmente”.
Para o pesquisador Dionísio Gazziero, da Embrapa Soja, um dos autores do documento técnico, a pesquisa vem mostrando a redução progressiva da eficiência de herbicidas e também fungicidas. “O que pode, no futuro, tornar a cultura da soja inviável”, alerta.
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Fonte: Sistema FAEP