A primeira ocorrência de ferrugem asiática em lavoura de soja comercial da safra 2017/18 foi constatada na segunda-feira (20/11), pelo Consórcio Antiferrugem em Itaberá, sul de São Paulo, informou nesta terça-feira (21/11), a Embrapa Soja. A identificação foi feita por pesquisadores da Fundação ABC em lavoura plantada em setembro, logo após o fim do vazio sanitário.
Na safra 2016/2017 o primeiro relato da doença nas lavouras brasileiras ocorreu antes, em 11 de novembro, no município de Taquarituba, também em São Paulo. A lavoura de Itaberá foi a primeira a ser semeada na região e monitorada pela equipe da Fundação ABC desde a emergência.
- Apesar de terem sido observadas pústulas de ferrugem, a incidência na área é baixa – disse em nota o pesquisador da Fundação ABC Alan Cordeiro Vaz.
No início do período do vazio sanitário, quando é proibido o plantio, a quantidade de soja voluntária (guaxa) com ferrugem era alta na região. Após o fim do vazio sanitário, porém, os pesquisadores observaram diminuição significativa.
- Essa redução deve ter sido favorecida pela ocorrência de geadas na região e, principalmente, pelo período seco, especialmente em setembro – disse Vaz.
A pesquisadora Cláudia Godoy disse, no mesmo comunicado da Embrapa Soja, que a semeadura da soja neste ano atrasou em virtude da falta de chuva e isso fará com que a fase reprodutiva da soja ocorra na época em que as precipitações são mais regulares, por isso produtores devem estar alertas e intensificar o monitoramento nas primeiras áreas semeadas.
Ela orientou os produtores a observar a eficiência dos fungicidas em ensaios recentes e os problemas de resistência ocorridos na última safra, principalmente na região Sul do País.
- Além disso, devem fazer a rotação de fungicidas com princípios ativos diferentes e adotar fungicidas multissítios no programa de controle – afirmou.
Fonte: Estadão Conteúdo-Revista Globo Rural