A Rússia anunciou nesta segunda-feira (20) que irá restringir as importações de carne suína e bovina do Brasil. A Agência Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) do pais irá impor temporariamente restrições às importações a partir de 1º de dezembro.
O motivo seria a presença do aditivo alimentar ractopamina, identificado em algumas das remessas enviadas ao país. No site da Rosselkhoznadzor, constam sete notas de restrições temporárias a embarques de carne suína e bovina da Seara Alimentos.
A substância proibida é utilizada para estimular o crescimento de massa muscular em animais.
- Infelizmente, o Rosselkhoznadzor é forçado a afirmar que, de acordo com os estudos laboratoriais, os estimulantes de crescimento banidos foram novamente detectados nos produtos de criação de gado que chegam à Rússia do Brasil em 2017 – afirmou em nota o órgão russo.
Se a substância for novamente identificada, os carregamentos brasileiros dessas modalidades de carne para a Rússia podem ser completamente proibidos.
Exportações de Proteína Animal para a Rússia
Suínos
Posição no Ranking: 1º (volume e receita) – 236,89 mil toneladas / US$ 513,36 milhões
Bovinos
Posição No Ranking: 4º (volume e receita) – 130,6 mil toneladas / US$ 389,77 milhões
Frango
Posição no Ranking: 11º (volume) – 91,11 mil toneladas / 12º (receita) – US$ 107,36 milhões
Fonte: MDIC / Secex
Posicionamento
O Ministro da Agricultura, Pecuária e Agricultura (Mapa), Blairo Maggi, nega que a Rússia tenha fechado completamente seu mercado.
- É uma coisa que acontece permanentemente nas fiscalizações – ponderou.
Maggi explicou que a substância encontrada é permitida em alguns países e que cabe ao Brasil fazer as correções solicitadas.
- Se alguma empresa fraudou, deixou passar ou não conseguiu controlar isso, cabe a eles fazerem essas adequações – afirmou.
O mercado russo é um dos principais compradores de proteína animal do Brasil, sendo o principal importador da carne suína e o quarto maior importador da carne bovina.
Fonte: Gazeta do Povo