Pesquisa semanal divulgada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou ontem (3), que os preços de comercialização do milho no mercado interno registraram o maior valor no segundo semestre do ano. O preço subiu 3,5% em relação à última semana de outubro, registrando R$ 32,89 reais / saca.
Dentre os fatores que colaboraram para o aumento no preço estão a projeção de redução na área plantada com o milho 1ª safra (chamado milho verão) e a necessidade de reposição dos estoques, por parte dos compradores.
As exportações registraram números controversos já que o volume médio diário embarcado foi de 266,46 mil toneladas nas três primeiras semanas de outubro, uma queda de 9,9%, frente a média de setembro último, mas na comparação com outubro de 2016, a média diária aumentou 383,7% em outubro deste ano.
Com relação a produção, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma redução entre 6,1% e 10,1% na área de milho de verão (primeira safra) no país em 2017/2018, frente a safra passada. Em volume, são de 5,82 milhões a 8,07 milhões de toneladas a menos.
EXPORTAÇÕES E MERCADO FUTURO
Nas principais consultorias que negociam os contratos futuros de milho com vencimento em março/18, os valoresfechados chegaram a R$34,00 (31/10). Ou seja, uma alta de 9,7% até o final do primeiro trimestre de 2018. Por fim, é importante destacar que apesar do viés de alta, os estoques maiores deverão limitar os aumentos de preços na temporada.
A Conab estima 19,10 milhões de toneladas em estoques finais em 2016/2017 e 24,55 milhões de toneladas ao final de 2017/2018. Para uma comparação, em 2015/2016, quando os preços do milho dispararam, os estoques finais foram de 6,99 milhões de toneladas de milho.
Fonte: Correio do Estado