Com a aplicação, pelas autoridades europeias, de sanções econômicas e comerciais à Rússia desde o ano passado, a avicultura do bloco “tremeu nas bases”, pois deixou de contar com um importante importador.
O susto, porém, foi passageiro. Pois novos mercados vêm sendo conquistados, principalmente na Ásia e na África. Graças, claro, à desvalorização do euro frente ao dólar e à Influenza Aviária nos EUA, mas, também, à redução dos custos de produção – efeito da maior disponibilidade de matérias-primas.
A consequência mais direta dessa redução é o aumento da produção de carne de frango. Que, no primeiro trimestre deste ano, cresceu 4%. Isto, na média. Porque na Polônia chegou a 16%, na Espanha a 8%, na França a 4% e na Alemanha a 2%. Quando o esperado era um crescimento próximo de zero ou mesmo negativo.
Nas “Projeções de Curto Prazo” que acaba de divulgar e que abrangem toda a produção agropecuária da União Europeia, as autoridades do bloco estimam que a produção do corrente exercício deva crescer pelo menos 2%, índice que deve se repetir em 2016. Mas para as exportações está sendo previsto um incremento bem maior, de 6%.
No entanto, realistas, os analistas europeus alertam que o bom desempenho deste ano pode não se repetir em 2016. Por duas razões principais, explicam: primeiro, porque os EUA, superados os surtos de Influenza Aviária, tendem a retornar ao mercado internacional; segundo, porque o Brasil vem ampliando seu acesso ao mercado internacional, principalmente à China e a Arábia Saudita.
Fonte: Avisite