São Paulo (17/10/2017) - O Sistema CNA/SENAR participa do 2º Congresso Nacional das Mulheres do Agro, que começou nesta terça (17), em São Paulo, e é parceiro da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) na pesquisa “Todas as Mulheres do Agronegócio”, que ouviu 862 mulheres de todas as regiões do País, entre os meses de junho e julho.
A pesquisa, divulgada no Congresso, revelou que a mulher do campo é empreendedora competente, motivada, conciliadora, resiliente e não se contenta com a posição já conquistada. Quer ir mais longe.
Prova disso, é o número elevado de mulheres que gostaria de aprofundar seus conhecimentos justamente em temas relacionados à formação profissional e trabalho: gestão de pessoas, gestão de negócios e finanças. O destaque entre os três foi gestão de pessoas, apontado por 56,8% das mulheres que participaram da pesquisa.
“As mulheres do campo estão quebrando um paradoxo. Antes a preocupação estava muito voltada para o solo, maquinário e agora é preciso focar em gestão. Principalmente, das pessoas, dos colaboradores que estão na propriedade. Hoje a agropecuária é altamente inovadora e tecnológica, mas os grandes diferenciais dentro das propriedades são as pessoas, o capital intelectual, o talento”, afirmou Dyovanna Depolo, coordenadora da Faculdade CNA a Distância.
Em 2014, Dyovanna participou do programa CNA Jovem, desenvolvido pelo SENAR, e foi uma das vencedoras, justamente, com um projeto de curso de Gestão de Pessoas do Meio Rural, que hoje é ofertado pela Faculdade CNA.
Para Lígia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da CNA, que fará palestra na quarta (18) no Congresso, a pesquisa prova o interesse das mulheres pelos negócios. “Mostra o interesse na capacitação e na busca por mais informações relacionadas exatamente a comércio, gestão de pessoas, negociação, mercado financeiro, enfim, assuntos que são essenciais para a gente melhorar a qualidade e a nossa capacidade de negociação.”
Outro dado importante da pesquisa é a conectividade das mulheres do agro com as modernas ferramentas de comunicação. Mais de 95% das entrevistadas usam o WhatsApp e quase 93% o Facebook. Carla de Freitas, empresária rural, com propriedade em Rondônia, mas que mora em São Paulo porque voltou para a universidade, diz que hoje a mulher precisa ser, também, protagonista dessa inovação do setor agropecuário.
Carla de Freitas, empresária rural
“Ela precisa estar ligada no que vai precisar e no que vai acompanhar a vida dela daqui pra frente: essa valorização, essa busca do conhecimento da tecnologia, das novas tecnologias”, conclui Carla.
Quase 60% das mulheres que participaram da pesquisa são proprietárias ou sócias, 49,5% trabalham em minifúndios e 55% se sentem preparadas para desenvolver qualquer atividade no campo.
Congresso - Mais de mil mulheres de todo o País participam do 2º Congresso Nacional de Mulheres do Agro, que segue até amanhã. Elas vieram sozinhas, em caravana, em pequenos grupos, todas em busca de conhecimento.
E conhecimento o que o Sistema CNA/SENAR apresenta no estande que montou no Congresso. Com materiais impressos e pequenos vídeos, acessíveis em totens, divulga os cursos de educação à distância de formação inicial, técnica de nível médio e superior da Faculdade CNA.
“Cada vez mais as mulheres estão conquistando mais espaço e tendo oportunidade de buscar mais conhecimento. Eu quero conhecer mais sobre formas de trabalhar melhor na nossa propriedade”, conta Ivanir Pradella, que planta milho e soja no oeste da Bahia.
“Estamos aqui para compartilhar e adquirir novos conhecimentos”, conta Fernanda Favoretto Silva, produtora de soja, milho e feijão, em Catalão, Goiás, que é engenheira agrônoma com mestrado em tecnologia e produção de semente.
“Precisamos nos capacitar para entender como gerir nossas propriedades, buscar parcerias para que a gente aumente a produtividade”, destaca Edy Tarrafel, presidente do Sindicato Rural de Ivinhema e Novo Horizonte do Sul, em Mato Grosso do Sul.
Edy Tarrafel, presidente do Sindicato Rural de Ivinhema e Novo Horizonte do Sul (MS)
Leisa Lermen, psicóloga em Sorriso, Mato Grosso, que trabalha com gestão de pessoas também participa do evento para aprender mais. Ela acaba de concluir o curso de Gestão de Pessoas da Faculdade CNA. “O que mais me interessou foi esse olhar no colaborador do campo. Essa preocupação que a faculdade traz em relação ao trabalhador rural”.
O público do Congresso também é formado por homens. É o caso de Sérgio Gentilim, que trabalha numa cooperativa de crédito no Paraná. “Elas estão fazendo toda a diferença com um jeito especial de tratar os negócios, tanto para fomentar como para ajudar a levar comida para as nossas mesas.”
Deimiluce L. Fontes Coaracy, coordenadora de Programas e Projetos na Área da Saúde do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR; Dyovanna Depolo, Coordenadora de EAD da Faculdade CNA; Andrea Barbosa, Diretora de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR
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Fonte: Canal do Produtor