Apesar da baixa umidade no solo, a cultura do milho vem apresentando um bom estabelecimento inicial no Rio Grande do Sul, com stand de plantas dentro do recomendado, emergência uniforme e desenvolvimento rápido. De acordo com a Emater, é atípica a alta incidência de lagartas nas lavouras, como a do cartucho (Spodoptera frugiperda) e a lagarta rosca (Agrotis ípsilon), que têm preocupado os agricultores.
Essa situação gera a necessidade de dessecação e replantio de algumas áreas devido ao baixo stand de plantas por unidade de área, assim como um número elevado de aplicações de inseticidas, com muitos produtores chegando à terceira aplicação sem um efetivo controle. Híbridos com tecnologia BT (resistentes a essas pragas) também têm apresentado frequentes e intensos danos.
Nas lavouras de milho mais adiantadas, seguem os trabalhos de adubação em cobertura e de utilização de herbicidas quando as plantas atingem o estágio ideal. Nas regiões produtoras do Estado, prossegue o desenvolvimento das culturas de inverno, que apresentam distintas fases. As lavouras de trigo, por exemplo, nesta semana apresentam 18% em perfilhamento, 30% em floração, 48% em formação de grão e 4% em maturação para a colheita.
Tais percentuais se aproximam da média. Segundo avaliação de técnicos e produtores, o potencial produtivo das lavouras de trigo varia a partir da época de semeadura (semeadura do cedo com baixo stand e baixa estatura), nível de fertilização (lavouras com menor quantidade de adubo e com perdas pelas intensas chuvas no início do estabelecimento da cultura apresentam baixo potencial), e incidência e controle de doenças, com maior infestação de patógenos devido à grande oscilação de temperatura e umidade, propiciando a propagação de doenças e o aumento no número de solicitações acionando o Proagro.
Fonte: Jornal do Comércio