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INTERDIÇÃO DE FRIGORÍFICOS

O Ministério da Agricultura interditou quatro unidades envolvidas em uma investigação da Polícia Federal que apura corrupção envolvendo fiscais em frigoríficos e laticínios em Tocantins, de acordo com nota divulgada pela pasta nesta quarta-feira. A interdição, com o objetivo de evitar riscos à saúde dos consumidores, inclui suspensão às exportações de unidades da Minerva, LKJ, Boi Brasil e Gelnex Indústria e Comércio.

As medidas foram tomadas após a Polícia Federal cumprir nesta quarta-feira 11 mandados de prisão em três Estados como parte de investigações sobre um esquema de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, frigoríficos e laticínios em Tocantins. Além dos 11 mandados de prisão, os agentes federais também cumpriram 12 mandados de condução coercitiva e 28 de busca e apreensão nos municípios tocantinenses de Araguaína, Gurupi, Palmas e Paraíso do Tocantins, além dos Estados de Maranhão e Minas Gerais.

A operação desta quarta-feira foi desdobramento da Operação Lucas, que começou após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizadas teriam sido favorecidos em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas, segundo a polícia. Já o ministério informou ainda que servidores suspeitos de irregularidades serão afastados e passarão por processo administrativo disciplinar.

O ministério afirmou ainda que, desde março, quando o setor foi impactado pela Operação Carne Fraca, o ministério ampliou o controle sanitário em todo o país realizando um processo rigoroso de inspeção nas mais de 600 plantas autorizadas a realização de abates.

- Nesse período, houve trocas de comando e fiscalização mais ampla em todas as áreas de produção. Além disso, o Mapa está ampliando seu quadro de profissionais da área com novas contratações – acrescentou a nota.

A Minerva, uma das maiores companhias de produção e comercialização de carne bovina in natura do país, não tinha um comentário imediato sobre a interdição. Mais cedo, ao comentar a operação da PF, a Minerva disse em nota que “não há indiciamento ou denúncia contra a companhia ou seus executivos e membros do Conselho de Administração”.

- A Minerva reafirma o seu compromisso com as melhores práticas de governança corporativa e zela pelo cumprimento da legislação e do seu manual de ética – acrescentou.

Não foi possível falar imediatamente com as outras empresas que tiveram unidades interditadas.

Fonte: Reuters



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