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Festa para marcar invasão de área de pesquisa gera indignação nos campos gerais

O convite para a celebração de um crime chocou a comunidade dos Campos Gerais. Na última semana, circulou pelas redes sociais e grupos de Whatsapp o anúncio de um churrasco a ser realizado pelo movimento dos trabalhadores rurais sem-terra (MST) no dia 27 de agosto para comemorar os dois anos da invasão da fazenda Capão do Cipó, em Castro.

O anúncio motivou uma nota de repúdio assinada por diversas entidades da região, como o Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais, que foi veiculada em um jornal de grande circulação local. O texto questionava, sobretudo, a participação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) na comemoração, uma vez que a instituição constava no convite do churrasco como instituição apoiadora. A classe produtora questionou porque uma instituição pública de ensino e pesquisa apoiaria um evento desta natureza.

A farsa do MST durou pouco, no dia 17 de agosto a reitoria da UEPG divulgou uma nota oficial desmentindo o apoio ao evento. “A Reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) esclarece que: Não tem qualquer relacionamento formal com o referido acampamento e nem autorizou o uso de sua logomarca, tampouco colaborou ou colabora com a realização do evento em questão”.

O convite do MST anuncia realização de churrasco, feira de sementes crioulas e diversas atividades lúdicas a serem realizadas no acampamento Maria Rosa do Contestado, erguido sobre a fazenda invadida. A nota de repúdio veiculada semana passada cobra das autoridades policiais e judiciais a fiscalização efetiva do evento no que se refere a licenças e alvarás.

Inimigos da pesquisa
A invasão da fazenda Capão do Cipó ocorreu dia 24 de agosto de 2015. Na época a propriedade abrigava uma área de pesquisa da Fundação ABC, instituição sem fins lucrativos que desenvolve pesquisas na área da agropecuária. Em uma das áreas invadidas haviam experimentos de campo de mais de 30 anos que precisaram ser interrompidos.

Outra área da fazenda abriga o Centro de Treinamento de Pecuaristas (CTP), que há quase 20 anos atua em parceria com o SENAR-PR na capacitação de produtores rurais na área de pecuária leiteira.

Segundo o presidente do sindicato de Castro, Eduardo Medeiros, a nota de repúdio publicada na última semana reflete a indignação da população em relação a esta situação. Segundo ele, em 2016 houve outra festa em comemoração a um ano de ocupação. “A estratégia deles com essas festas é essa: transmitir para a sociedade que está tudo bem, que tudo isso é normal. Mas a sociedade não aceita isso”, afirmou.

 

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Fonte: Sistema FAEP



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