Diante da falta de ação do governo federal, a FAEP encaminhou, pela terceira vez, ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitando apoio à comercialização do milho no Paraná. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), o cereal registra preço médio de R$ 17,42 a saca de 60 quilos, chegando a R$ 16,30 em algumas regiões, abaixo do custo de produção e da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM – R$ 19,21).
Em 24 de abril e 27 de junho, a FAEP, também por meio de ofícios, alertou o Mapa que o milho poderia atingir valores abaixo do mínimo, em função da colheita da safrinha, nos meses de julho e agosto. Na época, a Federação solicitou junto ao órgão federal o planejamento para uso de R$ 100 milhões dos instrumentos de apoio à comercialização para o milho no Paraná. A portaria interministerial No 800, de 4 de abril de 2017, libera R$ 500 milhões para operações de subvenção econômica na forma de equalização de preços para o milho nacional.
Apesar da redução do preço do cereal no Paraná, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apenas realizou leilões, entre 5 de maio e 10 de agosto, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal. Os contratos de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) neste Estados e na capital federal contabilizam 7,4 milhões de toneladas, sendo 94% no Mato Grosso.
“A FAEP requer tratamento isonômico ao Paraná e a edição imediata de avisos de leilões de apoio à comercialização para, no mínimo, 5 milhões de toneladas, evitando maiores prejuízos aos produtores”, aponta Ágide Meneguette, presidente da FAEP.
O Paraná é o segundo maior produtor nacional de milho, com previsão de 18,7 milhões de toneladas, 18,2% da produção brasileira. Mato Grosso representa 28,5%, enquanto Goiás e Mato Grosso do Sul aparecem com 10%, cada.
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Fonte: Sistema FAEP