A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Força Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato, com o apoio da 18ª Região Policial (Pelotas) e da 9ª Região Policial (Bagé), deflagrou a Operação Castelo, na cidade de Pelotas.
Os policiais civis cumpriram 20 mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão. Durante a ação, 14 pessoas foram presas, sendo apreendidos materiais utilizados para a prática do crime, como facas, moedores de carne e balança. Entre os presos, está o líder da organização criminosa responsável pelo abigeato, como é conhecida a prática no Rio Grande do Sul.
Segundo informações da Polícia Civil, “a Força Tarefa completa um ano de atividades com excelentes resultados”. Os delegados Adriano Linhares, Márcio Steffens e Luis Eduardo Benites, comentam que os presos fazem parte de uma das maiores e melhor estruturadas organizações criminosas de abigeato na forma de carneada do Rio Grande do Sul.
– Ao longo de décadas, o grupo criminoso, hoje liderado por um dos investigados, furtou milhares de cabeças de gado da Metade Sul do estado. Estima-se que apenas uma dupla de carneadores furtou mais de 700 animais nos últimos 12 meses, sendo que essa dupla era tratada pelo líder como ‘uma das minhas equipes – explicaram os delegados.
Conforme os policiais da Força Tarefa, acredita-se que aproximadamente 1,5 mil bovinos e ovinos foram furtados pelo grupo criminoso no último ano. Sempre agindo na forma de carneada e utilizando carros roubados, o bando se tornou um dos mais temidos dos produtores rurais da Metade Sul do RS.
- É uma das principais organizações criminosas responsáveis por inúmeros crimes rurais, principalmente abigeato – afirmou o chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt.
Durante as investigações, a Força Tarefa chegou a flagrar pelo menos quatro equipes de carneadores da organização e recuperou 10 carros roubados adaptados para transporte da carne. Entre os 20 mandados de prisão decretados pelo Poder Judiciário, estão carneadores (indivíduos que iam a campo realizar os furtos), empresários (que receptavam a carne furtada), um advogado (que auxiliava nas ações da organização criminosa) e uma servidora pública da Guarda Municipal de Pelotas (que, além de realizar cobranças para o grupo, também fornecia informações privilegiadas aos criminosos, como barreiras da polícia).
Fonte: Revista globo rural