2016 foi um ano que a citricultura mundial deseja esquecer. Problemas climáticos azedaram a produção de laranja naquela temporada, que ficou em um dos piores patamares da história. Na Flórida (EUA), uma das regiões produtoras mais tradicionais do mundo, a safra 2016/17 foi marcada pela pior colheita dos últimos 50 anos. No Brasil não foi diferente. A produção nacional ficou na casa das 245 milhões de caixas, volume 17,2% menor do que a safra anterior.
Segundo o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o grande responsável por este resultado foi o clima. Geada tardia em 2015 e picos de calor na época de frutificação, em 2016, prejudicaram a produtividade dos pomares, afetando a oferta da fruta na safra 2016/17. Para o Brasil, que lidera as exportações mundiais de suco de laranja, foi um resultado inédito. “Uma quebra deste tamanho não sei se já existiu”, diz Ibiapaba Netto, diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). De acordo com ele, a baixa disponibilidade de matéria-prima levou a uma redução de 17% nas exportações. Em termos de volume, o país exportou 894,7 mil toneladas de suco de laranja congelado e concentrado equivalente (FCOJ, do inglês Frozen Concentrated Orange Juice). “Foi o menor volume desde a safra 1990/91”, completa Netto.
Em termos de receita, a queda foi de 7%, fruto das variações de preço e de câmbio. Em 2015/16, o faturamento das exportações (em dólar) foi de US$ 1,744 bilhão. Na safra 2016/17, esse valor caiu para US$ 1,621 bilhão.
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Fonte: Sistema FAEP