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FUNGO AMEAÇA CULTIVO DE BANANA

O Ministério da Agricultura e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) irão lançar até o final de agosto um plano nacional de contingência do Mal do Panamá, doença que é considerada a principal ameaça ao cultivo de banana em todo o mundo.

Segundo o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Ministério da Agricultura, o plano prevê a adoção de medidas para evitar a introdução no país da nova raça de fungo denominada 4 tropical, “que está causando grandes perdas nos bananais no sul da Ásia, Oriente Médio e Moçambique”.

Ricardo Kobal, o chefe da Divisão Prevenção e Vigilância e Controle de Pragas do DSV, explica que o Brasil convive o Mal do Panamá desde a década de 1950, com as raças 1, 2 e 3 do fungo. A doença atinge as variedades das bananas prata, maçã (com maior intensidade), nanica e nanicão.

- No continente americano, a raça 4 ainda não foi encontrada e a sua introdução poderia trazer sérios problemas à produção da fruta – diz ele.

Por meio do plano de contingência, o governo federal pretende informar os produtores e o público em geral sobre quais precauções devem tomar para prevenir a entrada da doença no território nacional. Brasileiros que pretendam viajar ao sul da Ásia, Oriente Médio e Moçambique, locais de maior ocorrência do fungo, também precisam estar atentos e evitar objetos feitos com palha de bananeira, por exemplo. Segundo Kobal, a Embrapa já desenvolveu um kit para identificação rápida da raça 4 tropical.

O mal-do-Panamá é causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense que está disseminada em regiões produtoras de banana do mundo. O fungo pode sobreviver no solo por mais de 20 anos ou ainda em hospedeiros intermediários.

As principais formas de disseminação são o contato das raízes de plantas sadias com plantas doentes, pelo uso de material de plantio infectado ferramentas de desbaste transportando solo contaminado. O fungo também é disseminado por água de irrigação, de drenagem e de inundação, assim como pelo homem, por animais, pela movimentação de solo.

Fonte: Revista Globo Rural

 



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