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ÁREA DE TRIGO NO RS

Apesar do grande problema com as chuvas no mês de maio que atrasaram a semeadura do trigo no Rio Grande do Sul, a redução estimada em área no Estado, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados nesta terça-feira, 11 de julho, se manteve em 10%. O fato confirma a expectativa da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), que em levantamento com as cooperativas, antes do plantio, estimavam este número.

Para o presidente da entidade, Paulo Pires, a redução só não será maior devido a falta de alternativas no cultivo do inverno no Rio Grande do Sul.

- Os produtores precisam da cultura alternativa no inverno, mas estas culturas como Canola, aveia, entre outras, não tem expressão econômica. Por isso que a estimativa é que caia só 10%, pois se fosse pela decepção do produtor esta redução seria maior. Isto consolida que precisamos de uma novidade na cultura do trigo no Rio Grande do Sul – enfatiza.

Este fato, conforme Pires, solidifica o trabalho que a entidade realiza junto com a Embrapa Trigo, de Passo Fundo (RS), sobre as alternativas de plantio do trigo no Estado. Neste ano, são cinco unidades demonstrativas que estão à campo. No ano passado, nas quarto áreas experimentais se confirmou que a redução de custo pode chegar a até 18%.

- Não se está trabalhando contra a produção de trigo pão no Rio Grande do Sul. Temos cooperativas que vão fomentar a produção por ter moinhos, e temos cooperativas que priorizam a produção de trigo pão para o mercado e vão continuar nesta linha. Mas precisamos dar liquidez para toda a safra gaúcha e a única forma de chegar a esta liquidez é diversificando a produção, de forma a buscar em parte do Estado plantio de variedades que se enquadram para o mercado da exportação – reforça.

O presidente da FecoAgro/RS lembra ainda que mesmo que estas variedades possam valer um pouco menos, no máximo 5% abaixo do preço tipo pão.

- Já que ele vale menos precisamos de mais produtividade do que o trigo pão, e isso a pesquisa nos sinaliza que é possível – observa.

A grande preocupação neste momento é com a falta de chuvas no Estado, que vem comprometendo o desenvolvimento da cultura. Os números de produtividade devem cair 16% em relação à safra passada, segundo a Conab, fechando em 2,7 mil quilos por hectare.

- Tivemos no plantio localidades com excesso de chuvas que atrasou a semeadura. Em algumas localidades já faz mais de 30 dias que não chove. A agricultura do Rio Grande do Sul é muito suscetível ao clima e se tivermos condições negativas de clima poderemos ter mais problemas na produtividade – alerta o presidente da FecoAgro/RS.

Fonte: AgroEffective



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