O dólar tinha leves oscilações ante o real nesta terça-feira, em dia de baixa liquidez com feriado nos Estados Unidos e com os investidores ainda cautelosos diante do cenário político doméstico conturbado.
Às 10:15, o dólar avançava 0,17 por cento, a 3,3106 reais na venda, depois de fechar com queda de 0,23 por cento na véspera. O dólar futuro operava com alta de cerca de 0,20 por cento.
- O mercado vai monitorar o cenário político local, em dia de sessão esvaziada – afirmou o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.
Os mercados financeiros norte-americanos estavam fechados nessa sessão por conta do feriado de 4 de Julho, tirando dos investidores importantes referências e limitando o volume de negócios.
No campo interno, a cena política continuava como protagonista, com o mercado à espera novos desdobramentos relativos ao andamento das reformas no Congresso Nacional. Nesta sessão, por exemplo, o Senado pode votar o pedido de urgência da reforma trabalhista, o que será uma demonstração, ou não, de força política do presidente Michel Temer, denunciado por crime de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F.
Na véspera, o mercado respirou um pouco mais aliviado após o ex-assessor de Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) deixar a prisão preventiva, ainda que com restrições, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um aliado do atual governo, ter recebido o aval para retornar às atividades do seu mandato.
No entanto, no final da tarde, a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima voltou a colocar mais pressão nos ânimos, com temores de que isso possa prejudicar ainda mais a defesa de Temer.
No exterior, o dólar subia ante divisas de países emergentes, como o rand e o peso mexicano, e também frente a uma cesta de moedas.
O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio, por ora. Em agosto, vencem 6,181 bilhões de dólares em swap cambial tradicional –equivalente à venda futura de dólares.
Fonte: Reuters