A soja da Argentina, terceira maior nação produtora do mundo, já está quase toda colhida e a área de milho já guardada nos silos passa dos 60%. A seca no fim de 2016 e o excesso de chuvas nos últimos meses impediram que os argentinos colhessem um volume recorde na temporada 2016/17, como os vizinhos do Mercosul. Mas o rendimento está longe de ser ruim. As estimativas consideram que os produtores argentinos entram na reta final de colheita com uma boa safra, sem pressionar consideravelmente as bolsas que definem os preços no mercado internacional.
No ciclo atual, o país dedicou 19,5 milhões de hectares à soja e 7,5 milhões de hectares ao milho. Deste total, segundo o economista e analista de mercado Flávio França Júnior, 750 mil hectares da oleaginosa e pouco mais de 300 mil hectares do cereal foram afetados por problemas climáticos (4% das lavouras impactadas). “O grande destaque nessa situação é que apesar dessas perdas, onde se está colhendo o rendimento verificado é alto”, pondera.
França Júnior explica que apesar da demanda mundial seguir aquecida por parte dos países asiáticos – China, principalmente – os estoques mundiais também seguem elevados. Por isso, mesmo com uma expectativa de perdas na Argentina (ver quadro), os preços não tiveram grandes sobressaltos nos últimos meses. “Houve algumas especulações em janeiro de que o clima na América do Sul iria mexer nas cotações, o que não aconteceu, pois esses rumores foram rapidamente absorvidos pelas safras recordes, primeiro dos Estados Unidos e depois do Brasil”, explica.
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Fonte: Sistema FAEP