Depois do fim do embargo ao Brasil, foi a vez da Argentina garantir a reabertura do mercado de carne bovina com os Estados Unidos. O governo do país vizinho anunciou nesta terça-feira (30) que foi liberada a exportação da proteína para os norte-americanos, encerrando uma proibição que vigorava desde 2001 devido à presença da febre aftosa. Os ministros da Agricultura, Carlos Casamiquela, de Economia, Axel Kicillof, e das Relações Exteriores, Héctor Timerman, fizeram o anúncio em entrevista coletiva realizada hoje.
A Argentina prevê aumentar em US$ 280 milhões as exportações de carne por ano após o fim do bloqueio, que engloba também os mercados do México e do Canadá, por causa do Nafta, tratado de livre-comércio entre os três países da América do Norte.
Os norte-americanos tinham proibido a importação da carne argentina em 2001 porque, na época, o governo do presidente Fernando de la Rúa escondeu a presença da aftosa nos rebanhos do país.
- Apesar de ser reconhecido desde 2007 por parte dos organismos internacionais que a Argentina é um país livre da aftosa, os mercados não se abriram pelo intenso lobby das empresas dos EUA perante a oferta de países agropecuários altamente competitivos – indicou Timerman.
- Após 14 anos de negociações, os EUA reconheceram o status da Argentina como país livre da aftosa. Isso significa que há potencialidade de recuperarmos um mercado interessante para carnes de alta qualidade – expressou o ministro da Agricultura.
Os ministros destacaram que a resolução, que não será oficial até a publicação no Diário Oficial do governo americano, faz parte das intensas negociações realizadas desde 2007 pela presidente Cristina Kirchner, que considerava a medida como “protecionista”. O Ministério da Agricultura da Argentina estima que 18 frigoríficos já estão em condições de atender os requisitos sanitários exigidos pelos americanos.
- O consumidor americano vai ser beneficiado por uma carne de alta qualidade e de muito bom preço – afirmou Timerman.
Fonte: CNA