A abertura do mercado dos Estados Unidos à carne bovina in natura brasileira representa uma “senha” para intensificar negociações e expandir o comércio com outros países, como Arábia Saudita, Japão e China, segundo a ministra da Agricultura, Kátia Abreu.
Nesta semana, ela visitará o Japão, onde também espera suspender o embargo à carne bovina brasileira. A expectativa é abrir o mercado japonês à carne processada e in natura brasileira. Durante a visita, a ministra espera ainda liberar as exportações brasileira de melão e manga para o Japão. Em contrapartida, os japoneses poderão vender carne de Kobe para o Brasil.
O governo federal também está concluindo negociações com a Arábia Saudita. Os auditores de defesa sanitária daquele país visitaram, neste mês, estabelecimentos brasileiros de produção de carne bovina e de aves. Eles devem apresentar um relatório em até 45 dias para o Ministério daAgricultura, e os técnicos terão outros 35 dias para responder ao documento, caso tenha alguma solicitação.
Além disso, há expectativa pelos embarques de carne bra sileira para a China, que suspendeu o embargo ao produto nacional no início deste ano. Os auditores chineses que estão no Brasil analisam, por amostragem, 13 estabelecimentos de carnes bovina, suína e de aves. Espera-se que nove plantas de carne bovina sejam habilitadas ainda neste ano para exportação à China. Cada estabelecimento pode negociar de US$ 18 milhões a US$ 20 milhões.
Já prevendo o acordo comercial, no domingo, o presidente da JBS, Wesley Batista, disse que o acordo de reabertura do mercado norte-americano para a carne é um marco histórico para a pecuária brasileira.
Os Estados Unidos, destacou o presidente da companhia que é líder global em processamento de carne bovina, ovina e de aves, são um dos maiores importadores de carne do mundo. Segundo ele, a liberação das importações do produto in natura para o mercado norte-americano também é sinônimo de um selo de qualidade e vitrine para a carne brasileira no mundo, o que deve gerar impacto positivo para as vendas do produto para outros países, sobretudo da Ásia.
Fonte: Jornal do Comércio