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SAFRA DE ALGODÃO

A consultoria Agroconsult projetou nesta quinta-feira (9/06) a produção de algodão brasileira na safra 2016/17, que começou a ser colhida, em 1,55 milhão de toneladas, ante 1,27 milhão de toneladas no ciclo anterior.

- É uma safra que teve uma área reduzida, mas ainda assim vamos ter uma safra bem maior do que no ano passado graças a um desempenho muito bom em termos de produtividade – disse o sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, durante o 5º Encontro de Previsão de Safra da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Os indicativos que se têm das lavouras são de uma safra muito boa, não só na Bahia, mas também em Mato Grosso.

- Com a recuperação da produção, o volume exportado pelo País deve atingir 780 mil toneladas em 2016/17, ante 580 mil toneladas na temporada anterior – conforme a consultoria. – Nós não vamos bater recorde de exportação de algodão, mas haverá uma recuperação nos volumes a serem exportados, sem que isso signifique a continuidade do mercado com abastecimento inadequado como a gente tem agora em decorrência da quebra do ano passado – ponderou Pessôa.

A comercialização da safra que está sendo colhida foi feita em bons nível de preço, o que permitiu uma recuperação da rentabilidade dos produtores, segundo o sócio-diretor da Agroconsult.

- Desde o início do ano, o preço está sistematicamente acima dos 70 cents/lb, em alguns momentos, chegamos até a passar dos 80 cents/lb, e isso tem permitido sinalização de uma rentabilidade muito boa.

- Para 2017/18, a consultoria trabalha com a perspectiva de preços internacionais do algodão em torno de 75 cents/lb, o que motivaria um aumento de área de 18% no Brasil, para 1,109 milhão de hectares. Só em segunda safra, o plantio deve aumentar 21%, roubando área do milho, principalmente em Mato Grosso. – (Esse aumento) Tem a ver com a rentabilidade do algodão, mas também com a fragilidade do mercado de milho. Quem puder, tiver infraestrutura ou conseguir mobilizar uma infraestrutura adequada para produzir algodão no lugar de milho na safrinha no ano que vem em Mato Grosso vai fazer isso – projetou.

Pessôa ressaltou que a área prevista para 2017/18 não é recorde, porque o Brasil já plantou 1,4 milhão de hectares, mas representa uma recuperação de capacidade instalada “em um ambiente de preços provavelmente sustentados em um nível que garante a rentabilidade”.

Fonte: Revista Globo Rural



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