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MERCADO GOURMET AMERICANO

Uma promoção conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e investimentos (Apex-Brasil) leva 43 empresas brasileiras do setor de alimentos e bebidas à feira Summer Fancy Food, em Nova York, Estados Unidos, a partir do próximo dia 28.

A seleção das empresas foi feita de acordo com o potencial delas no mercado norte-americano, de acordo com o coordenador de Promoção de Negócios da Apex-Brasil, Rafael Prado.

- A gente avalia se ela tem material promocional na linha do país, se tem certificações necessárias para aquele mercado, se tem departamento de exportação, quanto exporta para aquele mercado, como o produto dela está em relação àquela ação. Depois de cruzadas as variáveis, a gente cria um ranking e dentro dele inicia o trabalho com as empresas – explicou ele à Agência Brasil. 

O suporte da Apex se dá por meio de mentoria empresarial, instrumento iniciado em 2014 que consiste na preparação da empresa em relação ao mercado e ao discurso de vendas. A agência contrata um consultor nos Estados Unidos, especialista no segmento gourmet, que traz informações úteis para que a Apex possa preparar as empresas. Entre as informações, ele salientou o funcionamento da cadeia de distribuição no país, como é a margem de lucro de cada elo da cadeia e quais os principais compradores.

- Ele [consultor] desmistifica todo o processo para que a empresa fique mais segura e vá com o material correto para as reuniões de negócios – afirma.

Com base nos dados obtidos, a Apex-Brasil unifica a mensagem em relação ao Brasil, com dados sobre a tecnologia desenvolvida no país e sobre as empresas âncora brasileiras, além de trabalhar a parte conceitual do Brasil em relação à diversidade, sustentabilidade, até a empresa estar com o seu discurso formado referente ao país.

Em um trabalho prévio de sondagem sobre os diferentes nichos de mercado, a Apex-Brasil convida potenciais compradores a visitar a feira e conhecer as empresas brasileiras e seus produtos.

- A gente faz um trabalho prévio de sensibilização e atração dos compradores para o estande brasileiro – disse ele.

Dentre as 43 empresas que participarão da feira, até o dia 1º de julho, 30 foram selecionadas pela Apex-Brasil para agendas exclusivas de negócios, por já apresentarem maturidade nas vendas para o mercado norte-americano.

Outras 20 companhias nacionais participarão da feira como visitantes, a partir do dia 27, como resultado de convênio com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), informou Rafael Prado. Segundo ele, essas empresas ainda não estão prontas para expor em um estande individual, mas mostram potencial para o mercado.

- São empresas de maturidade exportadora mais baixa, mas vão participar da feira como visitantes e prospectar negócios – falou. 

A expectativa é que a feira gere negócios para as empresas brasileiras em torno de US$ 10 milhões. Prado avaliou que esse é um valor elevado diante dos R$ 190 mil investidos na ação pela agência. Ele ressaltou que essa projeção é conservadora, mas observou que há chances de ingresso de produtos brasileiros nos Estados Unidos, em especial do segmento gourmet, com destaque para orgânicos, chocolates, açaí, pão de queijo e cachaça premium, entre outros, porque os americanos estão aumentando o consumo desse tipo de alimentos e bebidas. Dados da Specialty Food Association revelam que 74% dos consumidores americanos compram alimentos dessa categoria. (ABr)

Fonte: Jornal do Commercio



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