As frutas mais comercializadas nas principais centrais de abastecimento do país no mês de maio apresentam queda nos preços comercializados, enquanto que as hortaliças não apresentam um comportamento uniforme. É o que mostra o 3º Boletim Conab/ Prohort – Comercialização de Hortigranjeiros e Frutas nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), divulgado na última segunda-feira (22) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O boletim atualiza os preços médios das principais frutas e hortaliças comercializadas nas Ceasas, além de explicar o comportamento do mercado, as origens dos produtos, sua localização conforme as bacias hidrográficas e séries históricas para as culturas produtivas. O levantamento é feito nos mercados atacadistas, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, e considera a maioria dos entrepostos localizados nas regiões do país, com destaque para frutas e hortaliças nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.
Segundo a publicação, a grande oferta de banana nanica no mercado impulsiona a queda de preço do produto. Já a laranja, mesmo apresentando um volume de oferta menor do que o registrado no mesmo período, apresenta valores em baixa, assim como o mamão que passou a apresentar comportamento semelhante nos principais entrepostos.
A melancia teve recuperação de preços nos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. O estado fluminense chegou até a apresentar elevação de 50% no preço do produto, enquanto que nos demais o preço se manteve em queda devido a qualidade da fruta, prejudicada pelas frequentes chuvas nas regiões produtoras. Outra que apresentou uma importante elevação foi a maçã, mas verificado apenas em São Paulo, com alta de 37,37%, impulsionado pela maçã gala. As demais regiões mostram um comportamento mais próximo da estabilidade, com pequenas variações de preços.
Hortaliças
Tomate e cebola continuam apresentando preços maiores que os registrados no mesmo período em anos anteriores. No entanto, a entrada das safras de cebola do Vale do São Francisco e do tomate safra da seca vêm diminuindo a pressão de alta, e a tendência é de queda dos preços.
Outro produto que apresentou alta foi a cenoura, o que já era esperado devido a oferta de produto de melhor qualidade. A batata seguiu na mesma direção em três dos entrepostos pesquisados (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo). No início do ano, a colheita foi maior, o que levou à queda dos preços em um período em que geralmente ocorre alta. A expectativa é que haja uma equalização nos valores comercializados entre os meses de junho e julho.
Fonte: Conab