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EM MARÇO, IBGE PREVÊ SAFRA DE GRÃOS 25,1% MAIOR QUE A DE 2016

A estimativa da área a ser colhida é de 60,7 milhões de hectares, apresentando acréscimo de 6,3% frente à área colhida em 2016 (57,1 milhões de hectares). Frente a fevereiro, a estimativa de produção aumentou 2,7% e a área, 0,6%. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 93,5% da produção e responderam por 87,7% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,5% na área da soja, de 14,8% na área do milho e de 3,9% na área de arroz. No que se refere à produção, ocorreram acréscimos de 15,9% para a soja, 13,9% para o arroz e 45,8% para o milho. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Nessa avaliação para 2017, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 25,3%, seguido pelo Paraná (18,3%) e Rio Grande do Sul (14,8%), que, somados, representaram 58,4% do total nacional previsto. Outros estados importantes na produção de grãos foram Goiás (9,9%), Mato Grosso do Sul (7,5%), Minas Gerais (5,9%), São Paulo (3,5%), Bahia (3,4%), Santa Catarina (2,9%) e Maranhão (2,1%) que integram também o grupo dos dez maiores produtores do País.

Estimativa de março para a safra 2017 é 2,7% maior que a de fevereiro

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de março destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção, comparativamente ao mês de fevereiro: cevada (6,7%), milho 2ª safra (6,0%), café canephora (4,8%), arroz (2,5%), cebola (2,4%), soja (2,3%), sorgo (1,7%), milho 1ª safra (1,4%), aveia (-1,0%), feijão 1ª safra (-1,2%) e trigo (-10,5%).

ARROZ (em casca) – A estimativa de março foi de uma área a ser colhida de 2.014.307 hectares, aguardando uma produção de 12.053.519 toneladas e um rendimento médio de 5.984 kg/ha, maiores, respectivamente, em 1,9%, 2,5% e 0,6%, quando comparados aos dados do mês anterior. O GCEA/RS estima para o Rio Grande do Sul, maior produtor do País, com 70,9% do total nacional, uma produção de 8.540.078 toneladas, numa área a ser colhida de 1.102.346 hectares e um rendimento médio esperado de 7.747 kg/ha. As condições climáticas nas últimas duas semanas foram favoráveis para a colheita, que no momento alcança 49,0% da área total a ser colhida. Santa Catarina, segundo produtor nacional, aguarda uma produção de 1.102.206 toneladas, numa área a ser colhida de 147.745 hectares e um rendimento médio de 7.460 kg/ha, maiores, respectivamente, em 2,2%, 0,1% e 2,1%, quando comparados aos dados do mês anterior.

CAFÉ (em grão) – A estimativa da produção do canephora (conillon) alcança 566.315 toneladas, ou 9,4 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 4,8% frente a fevereiro. Embora a área a ser colhida tenha reduzido em 0,7%, o rendimento médio aumentou 5,5%, influenciado pelo bom desenvolvimento das lavouras em Rondônia, segundo maior produtor do País. O Espírito Santo é maior produtor do País e responsável por 59,9% do total previsto para 2017. Em 2015 e 2016, em decorrência da seca que assolou as principais regiões produtoras do Estado, as lavouras sentiram em diferentes graus as condições climáticas adversas, muitas, inclusive, sem condições de recuperação, havendo necessidade de replantio. A estimativa da produção total de café do País, somadas as espécies canephora e arábica, é de 2.735.797 toneladas, ou 45,6 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 1,5% frente ao mês anterior. A estimativa da produção do café arábica alcança 2.169.482 toneladas, ou 36,2 milhões de sacas, aumento de 0,7% frente ao mês anterior.

FEIJÃO 1ª safra – A 1ª safra de feijão está estimada em 1.563.497 toneladas. A redução frente a estimativa de fevereiro reflete a queda de 1,3% na estimativa do rendimento médio, apesar da área colhida estar 0,2% superior. A diminuição na expectativa de produção da 1ª safra de feijão deve-se, principalmente, às reduções de 7,8% na Bahia e de 5,2% em Minas Gerais, respectivamente. As estimativas de produção de feijão total recuou 0,5% em março, contudo a expectativa é para uma produção de 3.368.982 toneladas, 31,0% superior ao colhido em 2016.

MILHO (em grão) – Inversamente ao que foi observado no ano anterior, a produção nacional de milho em 2017 deve alcançar valores representativos, atingindo em março uma estimativa de 92.370.829 toneladas, aumento de 4,4% em relação ao levantado em fevereiro. Este acréscimo decorre tanto do aumento da expectativa de produção do milho de 1ª safra quanto do milho safrinha. A estimativa da produção do milho 1ª safra passou a 30.241.939 toneladas, aumento de 1,4% quando comparada à estimativa realizada no mês de fevereiro. O acréscimo foi novamente influenciado pela revisão de 3,8% no rendimento médio na Região Sul, responsável pelo maior volume de produção na safra de verão, que deve alcançar 13.527.280 toneladas, respondendo por 44,7% da produção nacional. A produção de milho 2ª safra, aumentou 6,0% frente ao mês anterior, estimada em 62.128.890 toneladas, o que representa 67,3% da produção nacional em 2017. A Região Centro-Oeste deve responder por 66,3% deste volume, com 41.217.522 toneladas, acréscimo de 7,0% comparado à estimativa do mês anterior. A estimativa de produção no Mato Grosso, maior produtor do milho safrinha com 38,7% da produção nacional, deve totalizar 24.074.228 toneladas, influenciada principalmente por um acréscimo de 10,3% na área a ser colhida. No Paraná, foi estimado um aumento de 3,0% na área plantada, impactando diretamente no volume de produção, que será o segundo maior do País e deve alcançar 13.665.541 toneladas, aumento de 2,2% frente ao mês anterior. Em Minas Gerais, também foi estimado um aumento de produção de 15,4%, em relação ao levantamento do mês anterior, totalizando 1.926.245 toneladas.

SOJA (em grão) – Com a colheita adiantada nos principais estados produtores do Centro Sul do País, a expectativa de safra recorde em 2017 está confirmada e segue em crescimento, com uma produção estimada em 110.935.272 toneladas, valor 2,3% superior ao divulgado em fevereiro (crescimento de 2,5 milhões de toneladas). O rendimento médio foi elevado em 1,8%. O Mato Grosso, principal produtor de soja do País, aumentou sua estimativa de produção em 3,5%, alcançado a marca de 30.952.147 toneladas, um novo recorde para o Estado, que é responsável por 27,9% de toda a soja produzida no Brasil. Este mês houve elevação de 1,9% na estimativa de rendimento, registrando 3.295 kg/ha, ou 54,9 sacas/ha na média estadual, um novo recorde estadual, que em 2011 colheu 3.223 kg/ha (53,7 sacas/ha). A expectativa de safra recorde no Brasil e nos Estados Unidos tem influenciado os preços do produto nas bolsas internacionais.

SORGO (em grão) – A estimativa da produção do sorgo em 2017 é de 1.931.044 toneladas, aumento de 1,7% frente ao mês anterior. Para a área plantada e o rendimento médio, também foram estimados aumentos de 0,5% e 1,3%, respectivamente. Goiás, maior produtor, com participação de 44,4% do total a ser produzido pelo País, reduziu sua estimativa de área plantada em 0,1%, mas com previsão de aumento no rendimento médio de 2,6%. Assim, sua produção foi estimada com um aumento 2,5% em relação ao mês anterior. A produção estadual deve alcançar 857.645 toneladas.

Estimativa de março em relação à produção de 2016

Dentre os vinte e seis principais produtos, quinze apresentaram variação percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (7,3%), amendoim em casca 2ª safra (35,7%), arroz em casca (13,9%), batata-inglesa 1ª safra (5,9%), batata-inglesa 2ª safra (5,2%), cacau em amêndoa (10,0%), café em grão-canephora (20,9%), cebola (2,6%), feijão em grão 1ª safra (38,5%), feijão em grão 2ª safra (37,7%), milho em grão 1ª safra (24,4%), milho em grão 2ª safra (59,2%), soja em grão (15,9%), sorgo em grão (65,2%) e triticale em grão (11,9%). Com variação negativa foram onze produtos: amendoim em casca 1ª safra (-2,4%), aveia em grão (-21,3%), batata-inglesa 3ª safra (-16,1%), café em grão – arábica (-16,1%), cana-de-açúcar (-1,2%), cevada em grão (-5,1%), feijão em grão 3ª safra (-0,5%), laranja (-7,3%), mamona em baga (-45,9%), mandioca (-12,6%) e trigo em grão (-13,8%).

Fonte: IBGE – 18/04/2017

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Fonte: Sistema FAEP



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