Em relatório divulgado nesta terça feira, dia 11, o USDA aumentou em 3 milhões de toneladas a projeção para a safra brasileira de soja 2016/17. Em linha com as expectativas de mercado, a colheita deve totalizar 111 milhões de toneladas, com o consumo doméstico subindo para 45,05 milhões de toneladas e as exportações para 61,90 milhões de toneladas. Este aumento de oferta deve ser parcialmente absorvido pelo consumo interno e pelas exportações, mas a maior parte deve somar ao estoque final da safra que foi ampliado em 9% para 22,6 milhões de toneladas.
A safra americana sofreu pequenas alterações, com elevação de 2% no estoque final de 12,12 milhões de toneladas. A safra da Argentina teve sua estimativa de produção elevada em 1% para 56 milhões de toneladas e também deve encerrar a safra com estoque maior em relação ao divulgado no relatório do mês anterior (30,40 milhões de toneladas). A safra mundial de soja deve alcançar 345,97 milhões de toneladas.
O impacto destes números para a relação de oferta e demanda mundial não trouxe surpresas, e por isso as cotações em Chicago sofreram poucas alterações no pregão de hoje, com o contrato de maio fechando a US$9,42/bu.
Milho
Usda projetou a safra brasileira de milho em 93,50 milhões de toneladas. Chicago registrou estabilidade nas cotações do milho frente ao novo relatório de oferta e demanda do USDA. O primeiro vencimento, maio/17, fechou cotado a US$ 3,66/bu.
Os números da safra 2016/17 ficaram dentro das expectativas dos investidores, com aumento tanto das variáveis de oferta quanto de demanda. A estimativa de produção mundial ficou em 1,05 bilhão de toneladas com aumento de 4,52 milhões em comparação com o relatório do mês passado. O impacto sobre o estoque final foi de 1% de aumento em relação a março, totalizando 222,98 milhões de toneladas.
Assim como ocorreu para a soja, a influência da safra brasileira foi grande sobre esta nova projeção do Usda. A produção foi fixada em 93,50 milhões de toneladas (2% superior a março). Do lado da demanda, a previsão de consumo doméstico foi ampliada para 60 milhões de toneladas, enquanto que as exportações devem alcançar 32 milhões de toneladas, 1 milhão a mais que a projeção de março.
Fonte: Sistema FAEP