A retomada da cobrança do Fundo de Defesa do Trabalhador Rural (Funrural) definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desequilibra o setor agropecuário. Essa é a avaliação de lideranças do setor e parlamentares ligados ao agronegócio. No primeiro dia da Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO), eles demonstraram preocupação com a forma como será cobrado o passivo gerado pela decisão da corte máxima do país.
No último dia 30, o Supremo considerou constitucional a cobrança ao avaliar um recurso da União contra decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que afastou a incidência da contribuição, datada de 2011. Como essa decisão de segunda instância era liminar, o posicionamento dos ministros do STF impôs um passivo estimado em bilhões de reais para produtores rurais de todo o país.
O presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antônio Chavaglia, se disse “radicalmente contra” o Funrural. Para ele, a cobrança coloca “um peso muito grande” sobre o produtor rural.
- A gente precisa encontrar uma solução sem precisar devolver dinheiro para o governo. Isso eu espero – disse.
Fonte: Revista Globo Rural