O ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta sexta-feira que era “evidente” que a operação Carne Fraca terá impacto na economia brasileira, mas que é cedo para fazer projeções sobre isso.
- É evidente que terá algum impacto, mas a dimensão ainda não temos em mente. Não dá para negar que haverá algum impacto nas exportações do setor e, por consequência, na atividade – afirmou Oliveira em entrevista para jornalistas depois de participar de evento em São Paulo.
Oliveira afirmou ainda que o governo está fazendo “todo o esforço” para não elevar impostos, mas lembrou que o rombo de 58,2 bilhões de reais detectado para este ano nas contas públicas não poderia ser resolvido com contingenciamento total porque interromperia serviços públicos.
- Estamos fazendo todo o esforço para que não haja aumento de impostos. Essa é a última opção – afirmou. – Estamos tentando recompor esses 58 bilhões com algumas receitas extraordinárias, com a concessão de algumas hidrelétricas e recuperação de recursos que estavam depositados em precatórios – disse Oliveira.
O ministro acrescentou ainda que a volta da CPMF não foi discutida.
Na quinta-feira, no entanto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cravou que o governo elevará impostos para cumprir a meta fiscal deste ano.
- Uma parte dessa diferença será cumprida com mais cortes de gastos e uma parte será aumento de impostos – disse Meirelles, que citou a PIS/Cofins e a reoneração de algumas isenções fiscais que foram concedidas e que não tiveram efeito produtivo segundo ele.
Fonte: Reuters