A 6ª edição da Abertura Oficial da Colheita da Oliva ocorreu nesta quarta-feira (15/03), na Fazenda São Sepé, no município de São Sepé. O evento contou com a participação do governador José Ivo Sartori, do secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ernani Polo, e do diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura, entre outras autoridades e pessoas ligadas ao setor.
De acordo com projeções da Seapi, a expectativa para este ano é de aumento de 30% na produção, pouco acima das 400 toneladas de olivas colhidas no ciclo anterior, de 45 mil litros de azeite produzidos. De acordo com Polo, a cultura está em evolução no RS e leva em conta a questão sanitária.
- Assim como vocês apostam no cultivo das oliveiras e na produção de azeite, nós entendemos que é fundamental modernizar o Estado. O Rio Grande precisa voltar para os trilhos do desenvolvimento – afirmou Sartori.
Durante o evento, foi assinada uma portaria instituindo a criação do Cadastro Olivícola, com vistas à formação de um banco de dados, que vai reunir informações fundamentais para a política de apoio ao setor, como área cultivada, variedades, produção de olivas e azeites. A Emater/RS-Ascar irá atuar na elaboração deste Cadastro junto com outras instituições parceiras.
A produção
A área plantada com oliveiras vem crescendo em ritmo significativo, e o potencial de avanço é grande. Atualmente, a área cultivada está em torno de 2,1 mil hectares, dos quais 30% estão em fase de produção. No país, o consumo per capita de azeite é de 0,3 litro por pessoa. Nos últimos dez anos, a produção de olivas foi a segunda que mais que mais cresceu na fruticultura do Rio Grande do Sul, depois da noz pecan.
Criado em 2015 pelo Governo do Estado, o Programa Pró-Oliva tem como meta chegar ao final de 2018 com 3 mil hectares de área cultivada. O programa prevê ações de defesa sanitária, pesquisa e Assistência Técnica, industrialização de azeites e conservas e crédito para implantação de olivais.
Conforme o coordenador da Câmara Setorial da Olivicultura da Seapi, Paulo Lipp, fatores como solo, topografia e o clima do Rio Grande do Sul têm atraído investimentos de empresários gaúchos, de outros estados e até do exterior.
Áreas da Metade Sul têm se destacado na produção de olivas, como Caçapava do Sul, Pinheiro Machado, Cachoeira do Sul, Santana do Livramento, Canguçu, Dom Pedrito, Candiota, Jaguarão, Bagé, Encruzilhada do Sul, Formigueiro, Piratini, São Sepé e Barra do Ribeiro, entre outros.
Em 2016, atendendo à reivindicação dos produtores, o Estado reduziu a alíquota de ICMS de 18% para 7%, nas vendas dentro do Rio Grande do Sul, de azeite fabricado com azeitonas cultivadas no país. A resolução estimula a cadeia produtiva de oliveiras e a expansão das indústrias de azeite.
Fonte: Emater/RS