A cidade de Não-Me-Toque, no Noroeste do Rio Grande do Sul, está em alerta. Com um roteiro parecido com o do ano passado, a soja se desenvolve bem até o mês de fevereiro. As chuva em abundância e temperaturas amenas das noites deixam apreensivos os produtores da região. Esse clima é o ideal para a proliferação do fungo phakopsora pachyrhizi que provoca a ferrugem asiática. Até o momento, as lavouras seguem sadias e sem indícios de infestação, com o controle preventivo sendo feito. Mas quando se fala em ferrugem, todo cuidado é pouco e o potencial produtivo, que agora é de safra recorde, pode ter redução caso a doença se manifeste.
O coordenador do Departamento Técnico da Cotrijal, Fernando Geraldo Martins, explica que se a ferrugem apertar, como ocorreu no ano passado, a colheita da soja deve ser antecipada. Normalmente, a região colhe entre os dias 10 de março e 20 de abril. Os cálculos da cooperativa, que está em uma área que cultiva 70 mil hectares de soja, apontam que a cada dia de antecipação se perde entre 70 a 80 kg por hectare.
- Pelo que conhecemos da região, a partir de agora, a ferrugem deve explodir. E dependendo da intensidade pode antecipar a colheita – alerta.
Fonte: Gazeta do Povo