Paraná e Goiás são os únicos Estados com produção significativa de feijão onde os preços recebidos pelos produtores superam os custos operacionais. A conclusão é de um estudo da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgado no início deste ano, que traz uma análise dos custos de produção de maior peso na agricultura: fertilizantes, agroquímicos, sementes e operações com máquinas.
O trabalho analisou os custos de produção entre a safra 2010/11 a 2015/16, nos principais Estados produtores Goiás; Minas Gerais; São Paulo, onde levantou-se os custos do feijão de plantio convencional e irrigado; e Paraná, cuja praça analisada foi Campo Mourão. Os quatro locais pesquisados respondem por 55,86% da produção nacional do grão.
No Paraná, maior produtor brasileiro de feijão, os custos operacionais das lavouras tiveram um aumento de 56,4% ao longo dos seis anos analisados. No que se refere ao resultado final da análise, os fertilizantes são o insumo de maior impacto nas contas dos produtores, fechando a série com aumento de 88,9%. Na sequência vêm os agroquímicos, com aumento total de 58% ao longo do período analisado. As sementes tiveram aumento de 18,4%, enquanto os custos com as operações com máquinas tiveram diminuição de 24,3% ao final do período.
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Fonte: Sistema FAEP