O dia 06 de fevereiro marcou o começo oficial do Show Rural Coopavel 2017, feira agropecuária realizada há 29 anos no país. A edição deste ano conta com 520 expositores dispostos em uma área de 720 mil m², incluindo a Embrapa e 14 de suas unidades. Levando tecnologias da Embrapa Pantanal ao evento, os pesquisadores Alberto Feiden e Aurélio Borsato incluíram informações produzidas por meio do trabalho da unidade e parceiros na cartilha da Vitrine Tecnológica de Agroecologia.
- Entre os públicos da Coopavel, temos o cativo que sempre visita a Vitrine – um pessoal interessado que já veio em edições anteriores – diz Feiden.
De acordo com o pesquisador, o evento recebeu no dia 05, domingo, cerca de 10 mil visitantes. Aproximadamente cinco mil deles visitaram o complexo de tecnologias agroecológicas organizado com a parceria de 12 instituições.
- Um dos pontos interessantes é o nível de integração interinstitucional que a gente conseguiu ao longo dos anos. As tecnologias dos diferentes órgãos que a gente apresenta são muito interessantes – disse.
Em meio às tecnologias da Embrapa serão lançados o aplicativo Doutor Milho (uma ferramenta tecnológica que acompanha o ciclo da planta de milho), a cultivar de soja BRS 413 RR (que possui alto potencial produtivo, com boa sanidade e precocidade) e a cultivar de feijão carioca BRS FC402 (que apresenta resistência à antracnose e murcha de fusário, dois dos principais fungos que atacam a cultura). As inovações da empresa são exibidas na Casa da Embrapa, Vitrine de Tecnologias e Vitrine Tecnológica de Agroecologia dentro da Coopavel.
Em relação às tecnologias da Embrapa Pantanal, este ano a unidade leva aos visitantes da feira o sistema de irrigação por garrafa pet (que tem custos muito baixos, segundo o pesquisador. Ele conta que uma linha de oito aspersores é produzida no sistema por cerca de R$ 80) e a tecnologia de produção de feno proteico para complementar a alimentação animal.
- Na região oeste do Paraná, o pessoal usa muito a cana de açúcar com ureia no período de inverno. No sistema orgânico, isso não é permitido. Porém, algumas das espécies – como a moringa, a folha de mandioca, a amora e o guandu, que têm um alto teor de proteína – podem ser usadas para substituir a ureia no sistema de produção orgânico. A reação às tecnologias é sempre muito positiva – completa Feiden.
Fonte: Embrapa