As exportações do agronegócio gaúcho atingiram US$ 11,042 bilhões em 2016. O resultado significa uma retração de 5,07% na comparação com 2015. O volume comercializado também apresentou resultado negativo de 8,1%, conforme Relatório do Comércio Exterior do Agronegócio do RS, divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul. Após um primeiro semestre de crescimento constante, tendo junho como mês de pico, as vendas do setor entraram em declínio. Setembro registra a maior queda, com 34,5%, e foi determinante para o saldo do ano.
O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, explica que apesar dos números negativos, o resultado não pode ser avaliado com pessimismo.
- Estamos comparando com 2015 que foi excepcionalmente bom. O dólar ultrapassou R$ 4,00 e vendemos a produção e um pedaço do estoque, o que faz 2016 parecer ruim, mas na verdade foi um ano normal – avalia.
Os principais responsáveis pela retração foram Soja (-8,1%), Carnes (-3,2%), Cereais (-50%) e Lácteos (-57,52%). A contribuição positiva veio do grupo Produtos Florestais, com aumento de 48,5%(US$ 314 milhões).
A China encerrou 2016 como principal compradora do agronegócio do Rio Grande do Sul. A importância do país oriental para as exportações pode ser percebida na comparação com os demais destinos do produto gaúcho. Ela responde sozinha por 37,5% (US$ 4,149 bilhões) do total comercializado pelo setor, enquanto em segundo lugar aparece os Estados Unidos com 4,6%. O terceiro principal destino foi o Irã com 3,4%. Nas importações, a liderança fica com a Argentina (39%), seguido por Uruguai (26,1%) e Chile (7,2%).
No mês de dezembro o setor exportou 899 mil toneladas, o que representa 80% de todo volume comercializado pelo Rio Grande do Sul. Em valores, foram US$ 723 milhões. O saldo da Balança Comercial dos produtos provenientes do agronegócio foi de US$ 622 milhões. Na comparação com o último mês de 2015, houve um crescimento de 13,1% no valor exportado, tendo a Soja como principal expoente, com um aumento de 107%.
Fonte: Farsul