O Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), alerta produtores de diversas regiões do país para os riscos do surgimento da ferrugem asiática devido às variações no clima.
- Na safra 2016/2017, a janela de plantio, se estendeu devido às más distribuições de chuva. Plantios iniciados em setembro foram interrompidos pelos curtos períodos de estiagem, tendo sido reiniciados somente após o retorno das chuvas. Em algumas áreas, as chuvas se intensificaram e as temperaturas ficaram mais amenas, o que criou condições favoráveis ao desenvolvimento da doença – explica Sergio Abud da Silva, biólogo da EMBRAPA e membro do CESB.
A ferrugem asiática é uma das doenças de maior importância da sojicultura na atualidade. Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizie, ela possui grande potencial de danos nas folhas e consequentes perdas na produtividade. A recomendação do CESB é para que os produtores realizem o monitoramento da presença da ferrugem asiática na região, e façam o controle preventivo da doença com o uso de fungicidas aplicados com alta tecnologia para uma boa proteção das plantas.
- Um dos principais fatores para a obtenção de elevados rendimentos em lavouras de soja é a manutenção de folhas sadias até o estádio R6 – explica Abud.
Na safra atual o Consórcio Antiferrugem já relatou ocorrência da doença nos Estado do MT, MS, SP, SC e RS. Entretanto, numa única propriedade, podem existir lavouras em diferentes estádios de desenvolvimento da soja, graças às variações do clima. Para o CESB essa variação no campo requer atenção redobrada.
- A presença de soja “guaxa”, de lavouras em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura na mesma área, além da elevada umidade e temperatura amena são fatores altamente propícios à ocorrência da doença – finaliza o biólogo.