Em dezembro o Imea divulgou a sua primeira estimativa para a safra 2016/17, conseguindo assim estimar a sua primeira previsão de oferta e demanda (OeD) de milho. Além da primeira estimativa, foi atualizado os dados de OeD para a safra 2015/16. Caso ainda não tenha visto a nova estimativa para a safra 16/17, acesse aqui.
A estimativa de produção para a safra de milho 2016/17 foi estimada em 25,04 milhões de toneladas, valor próximo ao da safra recorde do Estado (2014/15), quando apresentou volumes produzidos de 26,20 milhões de toneladas. Sendo assim, o total de oferta no Estado frente a safra 2016/17, ficou previsto em 25,21 milhões de toneladas. Já no que diz respeito a oferta do cereal para safra 2015/16, se manteve nos mesmos patamares ante a última estimativa, já que ainda não foi consolidada a área via satélite pelo instituto.
Com relação à demanda para a safra 2016/17 o cenário é um pouco diferente, o consumo de milho no Estado tende a aumentar 15,1% em comparação a nova estimativa da 2015/16, sendo estimado 4 milhões de toneladas do cereal consumido dentro do Estado. Um dos principais fatores deste aumento está na maior produção de etanol de milho para a safra 16/17 no Estado.
Muitas empresas de outros estados têm procurado se proteger de preços elevados como ocorreu na safra 2015/16, com isso a primeira estimativa da safra 2016/17 trouxe valores para o consumo interestadual de 6 milhões de toneladas, valor a baixo do que está sendo estimado para a safra 2015/16 de 7,65 milhões de toneladas, que foi aumentado nesta atualização em 4,51%. Porém, é o segundo maior valor da série histórica enviado para outros estados.
Sabendo disso, a necessidade de exportação do cereal da safra 2016/17 será elevada, sendo projetado que 15,04 milhões de toneladas de milho, que serão embarcados nos portos brasileiros vindo do estado de Mato Grosso. Fechando assim, uma demanda de 25,04 milhões de toneladas de milho para a safra 2016/17.
Como a expectativa da oferta mantida e menores previsões de exportação do Estado para a safra 2015/16, os estoques finais aumentaram em 10% ante a última estimativa, projetado em 170 mil toneladas. Já para a safra 2016/17 a previsão ficou em 160 mil toneladas devido a produção mais elevada nesta safra.
Fonte: Imea