As chuvas permanecem irregulares na região de Maringá (PR) e as lavouras de soja da safra 2016/17 já registram perdas consolidadas nesta temporada. Ainda não é possível quantificar os prejuízos, mas as plantas apresentam dificuldades no crescimento e desenvolvimento. Com isso, a perspectiva é que a produtividade média fique abaixo do projetado em torno de 60 sacas do grão por hectare.
Contudo, o presidente do Sindicato Rural do município, José Antônio Borghi, ressalta que, algumas lavouras ainda podem se recuperar, caso as chuvas retornem à localidade. “Temos uma previsão de 80 mm para o final de semana, mas ainda dependeremos da época de plantio, variedade cultivada, manejo de solo e tratos culturais de cada lavoura. Só assim, conseguiremos avaliar o potencial de recuperação das plantas”, destaca.
De acordo com boletim informativo da Climatempo, o Estado deverá receber chuvas de até 100 mm nos próximos 7 dias. Em novembro, as plantações receberam, em média, 35 mm de chuvas e o acumulado de dezembro não supera 10 mm. Além das precipitações, as altas temperaturas também têm preocupado os produtores e agravado a situação das plantas.
“O sol está escaldante, então no meio do dia, as plantas murcham as folhas para se protegerem e evitarem as perdas de água. Por isso, é importante o acompanhamento técnico das áreas para que os produtores tomem as melhores decisões ou busquem alternativas”, oriente Borghi.
Apesar do clima adverso, a sanidade das lavouras ainda é positiva na região. A liderança sindical ainda explica que, a incidência das lagartas é pequena e sem necessidade de controle até o momento. “E também não temos problemas com os percevejos e nem a ferrugem”, completa.
É importante ressaltar que, essa situação se repete em todo o Noroeste e Norte do Estado. “O quadro é bem semelhante em Campo Mourão, Paranavaí, Umuarama e também Londrina”, reforça Borghi.
Comercialização
Mesmo com a recente alta dos preços da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) e no dólar, o que acabou movimentação as cotações na região, os produtores seguem cautelosos. Essa semana, a saca da oleaginosa chegou a ser cotada a R$ 77,00 em Maringá, porém, apenas 15% da produção foi comercializada antecipada. O volume está bem abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 35%.
“O produtor está apreensivo, pois não sabe quanto irá colher e também porque há dois meses, o valor chegou a R$ 85,00 a saca. A indefinição em relação à política e economia do país também contribui para que o agricultor fique em compasso de espera”, finaliza Borghi.
Fonte: Notícias Agrícolas
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