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USDA AUMENTA PRODUÇÃO DE SOJA PARA 118,69 MILHÕES DE TONELADAS

Por Tânia Moreira Alberti – Economista DTE | Sistema FAEP

No rol dos acontecimentos importantes para o mercado de soja, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou, na última quarta-feira (9) o relatório de oferta de demanda do mês de novembro, em um dia marcado pelo mau humor nas bolsas mundiais, após o mercado assimilar com surpresa a vitória de Donald Trump para presidência americana.

A taxa de câmbio bateu a maior alta em quase dois meses, os juros futuros subiram, as moedas dos países emergentes recuaram em uma reação de incerteza sobre o que está por vir e as consequências para a economia mundial, com reflexos possíveis para a taxa de câmbio.

A queda nos contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago foi agravada pelo relatório do USDA com números que não agradaram o mercado, superando as expectativas médias. A safra americana, com colheita quase encerrada, subiu para 118,69 milhões de toneladas em relação às 116,18 milhões de toneladas estimadas em outubro. O número ficou acima das 117,4 milhões de toneladas esperadas pelo mercado.

Os estoques finais americanos são de 13,08 milhões de toneladas, acima da estimativa de outubro e acima das expectativas de mercado. Cresceram também os estoques finais mundiais para 81,53 milhões de toneladas, maior do que o esperado.

No Brasil e Argentina as produções foram mantidas em 102 e 57 milhões de toneladas, mas é claro que o mercado segue focando atenção nas condições climáticas na América do Sul e precificando isso nos contratos com vencimento mais a frente. O percentual de plantio no Brasil é estimado em 53% segundo a Safras e Mercado, adiantado em relação à safra passada no Paraná, no Mato Grosso e na média geral, o que sugere, inicialmente uma boa janela de plantio para o milho safrinha.

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No mercado de milho o efeito do relatório foi o mesmo, com o USDA contrariando o mercado e elevando a estimativa de produção e produtividade americana. A produção americana foi atualizada para o recorde de 386,75 milhões de toneladas, acima de outubro. A produtividade que deveria reduzir, segundo as expectativas, foi elevada para 175,3 bushels por acre. Os estoques finais também foram elevados em relação ao previsto pelo mercado. A taxa de câmbio e o clima serão variáveis acompanhadas de perto no mercado de milho, sendo fundamentais para a definição da safra de inverno.

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No trigo, mais uma vez a produção mundial recorde foi revisada a maior com aumento nos estoques finais mundiais acima do esperado pelo mercado.

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OS PREÇOS NA BOLSA DE CHICAGO ANTES E DEPOIS DA DIVULGAÇÃO DO USDA:

– Contrato futuro de soja – janeiro 2017 antes do relatório: US$ 22,33 por saca

– Contrato futuro de soja – janeiro 2017 após o relatório: US$ 21,75 por saca

– Contrato futuro de soja – março 2017 antes do relatório: US$ 22,48 por saca

– Contrato futuro de soja – março 2017 após o relatório: US$ 21,93 por saca

– Contrato futuro de milho – dezembro 16 antes do relatório: US$ 8,24 por saca

– Contrato futuro de milho – dezembro 16 após o relatório: US$ 8,07 por saca

– Contrato futuro de trigo – dezembro 16 antes do relatório: US$ 9,10 por saca

– Contrato futuro de trigo – dezembro 16 após o relatório: US$ 9,03 por saca

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Fonte: Sistema FAEP



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