Os agricultores norte-americanos semeiam os últimos hectares de milho e aceleram o plantio de soja para a safra 2015/16. O último boletim divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta avanço de 10 pontos porcentuais na semeadura da oleaginosa entre os dias 24 e 31 de maio, chegando a 71% da área total. O índice está abaixo do registrado nesta época do ano passado (75%), mas supera a média dos últimos cinco anos (70%). Minnesota é o estado mais adiantado (94% da área plantada) e Kansas o mais atrasado (21% plantado).
No caso do milho, o trabalho de campo avançou 3 pontos porcentuais, chegando a 95% da área total. O resultado indica vantagem frente o histórico das últimas cinco safras (94%). Illinois é o único estado que já encerrou o plantio, enquanto Colorado possui a maior defasagem (79% dos campos plantados). A condição das lavouras também avança bem. Segundo o USDA, 74% das plantações do cereal estão em condições boas ou excelentes, índice similar ao registrado um ano atrás.
Com clima favorável ao longo do ciclo, os norte-americanos devem retirar dos campos mais uma safra gigante a partir de agosto. As estimativas iniciais do USDA apontam para uma produção de 346,22 milhões de toneladas de milho e de 103,36 milhões de toneladas de soja no ciclo 2015/16.
A perspectiva de uma nova safra cheia nos EUA tem pressionado as cotações internacionais. Ontem, pela segunda vez em menos de uma semana, o contrato novembro/15 da soja, que sinaliza preços para a nova temporada norte-americana, perdeu o patamar dos US$ 9 por bushel durante o pregão, mas conseguiu se recuperar no final da sessão e acabou encerrando os negócios do dia trocando de mãos a US$ 9,0125/bushel, com baixa de 4,50 pontos no dia.
O julho/15, que puxa a fila de vencimentos em Chicago e serve de referência para o produto disponível caiu mais. Com desvalorização de 8 pontos, abriu a semana cotado a US$ 9,26/bushel; No Brasil, o mercado doméstico contou com o suporte do dólar, que, apesar de ter recuado, manteve-se acima dos R$ 3,15 e sustentou as cotações domésticas na casa dos R$ 68 por saca nos principais portos nacional. Em Paranaguá, compradores ofereciam R$ 68,50 para a soja disponível e R$ 72,00 para o produto da safra nova.
No milho, o dia foi de muita oscilação, mas teve fechamento positivo em Chicago. O cenário fundamental baixista, entretanto, diante das condições favoráveis ao desenvolvimento das lavouras no cinturão produtor, limitou os ganhos. Com leve alta de 0,75 pontos, o julho/15 terminou o dia valendo US$ 3,5225 por bushel, enquanto o dezembro/15 da safra norte-americana trocava de mãos a US$ 3,69/bushel, ganho de 1 ponto.
Fonte: Gazeta do Povo