Nas primeiras décadas do século passado, a produção de leite era entendida como uma atividade restrita à agricultura familiar, que contava com a venda do produto, muitas vezes de porta em porta, para complementar a renda da propriedade. Com o passar do tempo, as transformações nos elos da cadeia produtiva, principalmente no campo, lançaram a pecuária leiteira paranaense a um patamar elevado de rendimento e qualidade, onde os produtores envolvidos tiveram que se especializar para acompanhar as exigências do setor.
Essas mudanças de planejamento e na forma de trabalhar nas propriedades colocaram o Paraná em posição de destaque no mapa nacional do leite. Recentemente, o Estado ultrapassou o Rio Grande do Sul e se tornou o segundo maior produtor do país. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao ano de 2015, o Paraná produziu 4,66 bilhões de litros de leite, crescimento de 72% em relação aos 2,7 bilhões de litros em 2006. Na comparação com duas décadas atrás, 1996, a produção mais que triplicou (1,51 bilhão).
Em 2015, os gaúchos alcançaram 4,59 bilhões de litros, ficando na terceira posição. A liderança do ranking continua ocupada por Minas Gerais, com produção de 9,14 bilhões de litros.
Além das estratégias macro como a criação do Conseleite, estruturação da Aliança Láctea Sul Brasileira e o programa Leite do Sudoeste, a evolução da cadeia produtiva no Paraná está respaldada pelos investimentos em genética, bem-estar animal, sanidade e tecnologia realizados da porteira para dentro. Esses pilares permitiram, junto com a gestão eficiência, uma verdadeira transformação nas milhares de propriedades envolvidas com o leite espalhadas pelo Estado.
“Esses pontos, juntos, transformaram o produtor paranaense de um simples tirador de leite para um empresário do setor lácteo”, diz Ronei Volpi, diretor-executivo do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária Paranaense (Fundepec) e vice-presidente do Conselho Partidário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Paraná (Conseleite). “A profissionalização do produtor é essencial para o estágio que o Paraná está hoje”, acrescenta Jefferson Ferst Vieira, diretor-gerente da Cooperativa Witmarsum, instalada em Palmeira, nos Campos Gerais.
Leia a matéria completa na página 14 do Boletim Informativo da FAEP.
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Fonte: Sistema FAEP