A produção de maçã no Brasil envolve cerca de 2.700 produtores, que colheram mais de 1 milhão de toneladas da fruta na safra 2016, segundo dados do IBGE. Dois terços dos produtores nacionais cultivam a fruta em Santa Catarina, o maior estado produtor da fruta. No Espírito Santo, que também se destaca na produção de maçã, os produtores capixabas colheram 650 mil toneladas da fruta.
Embora a produção de maçã represente uma cadeia produtiva bem sucedida no Brasil, o setor enfrenta a ameaça de uma nova doença, ainda sem cura e capaz de destruir pomares, de acordo com a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC). Antes, o Brasil era livre das principais pragas que afetam macieiras, como traça-da-maçã e cyndia pomonella, o que era uma vantagem para a competitividade no mercado internacional, mas esse quadro pode mudar com o aumento da incidência do cancro europeu.
O cancro europeu é uma doença que está prejudicando pomares localizados no Sul do País. No Rio Grande do Sul, o primeiro estado que registrou a ocorrência da praga, o cancro europeu já devastou muitas macieiras da região de Vacaria, tendo incidência de 90% de infestação.
De acordo com Leonardo Araújo, responsável pelas pesquisas com cancro europeu na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), o cancro europeu atingiu também Santa Catarina, que responde por mais da metade da safra brasileira de maçã. Dos 1.800 pomares do estado, em 121 foram registrados infestação com a doença. Saiba as características, sintomas e como controlar a doença.
Fonte: SF Agro