Os aviários no sítio do produtor Neldo João Kotz, de Ouro Verde do Oeste, na região Oeste do Paraná, estão vazios há 110 dias. Na propriedade de 12 hectares, Kotz engorda 42 mil frangos, mas desde junho está aguardando o pagamento de dois lotes no valor de R$ 56 mil. Ele é integrado da Globoaves, sediada em Cascavel. “A situação está complicada, a gente procura o pessoal da empresa e ninguém resolve o problema. As contas estão vencendo e não tenho dinheiro para pagar”, relata Kotz.
Segundo ele, desde junho a Globoaves paralisou o abate de frangos, quando suspendeu o contrato de 1,8 mil colaboradores
num prazo de 90 dias. Diante disso, o produtor tentou migrar para a BRF, em Toledo, no entanto, a empresa está com a capacidade de abate esgotada e não está absorvendo lotes de novos produtores.
“Há um excesso de produção e os frigoríficos desaceleram o ritmo de abate na região”, observa. A mesma situação vive o avicultor Casemiro Teodoro Adamczuk, também de Ouro Verde do Oeste. Há 90 dias, ele está com os barracões fechados a espera do pagamento de R$ 40 mil da Globoaves, empresa em que é integrado desde 2009. Para fugir da atual crise, o produtor está planejando investir na criação de frango caipira. “Não dá mais para ficar nessa situação, estou pensando em mudar de atividade”, lamenta Adamczuk.
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Fonte: Sistema FAEP