O presidente da Aprosoja/MT, Endrigo Dalcin, está preocupado com a rentabilidade dos produtores do Estado. Ainda que as expectativas para a próxima safra, que começa a ser plantada agora em setembro, sejam boas, a quebra no ciclo anterior ainda produz efeitos negativos para os sojicultores.
- Nós temos uma dificuldade grande na questão do crédito por causa da quebra – disse Endrigo, em conversa com a Globo Rural durante a 39ª Expointer, em Esteio (RS).
Além da produção, ele ainda falou sobre o que espera do governo de Michel Temer (a Aprosoja manifestou apoio ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em março deste ano), e comentou a liberação do uso do correntão, técnica criticada por ambientalistas em que uma corrente é amarrada em dois tratores para a “retirada” da cobertura da vegetação natural. O correntão, que estava proibido em Mato Grosso, foi liberado no dia 7 de julho. Confira os principais pontos da conversa.
Clima
- Em Mato Grosso, no ano passado, o El Niño afetou a produtividade da soja e do milho, quebrou a safra, gerou uma situação que estamos tentando contornar, que é o endividamento. Por outro lado, pensando na próxima safra, La Niña vai nos ajudar porque traz chuvas dentro da normalidade. Dezembro, janeiro e fevereiro devem ser acima da média, então teremos uma produção boa – disse.
Fonte: Revista Globo Rural