O efeito adverso da recessão econômica no recolhimento de impostos põe em xeque o esforço do governo do presidente Michel Temer para equilibrar o Orçamento.
Como o IBGE informou na quarta (31), a economia continuou em recessão entre abril e junho, após uma sequência inédita de seis trimestres seguidos no chão. De janeiro a junho, o PIB encolheu 4,6% em relação ao nível observado no mesmo período de 2015.
A demanda doméstica, composta pelo consumo das famílias, gastos do governo e investimentos, caiu ainda mais, 6,4% nas contas do economista Fernando Montero, da corretora Tullett Prebon. Cerca de 60% da arrecadação tributária do país é recolhida aí, porque depende das vendas e da produção.
- Isso é muito bom quando o país cresce muito, porque a receita cresce ainda mais do que o PIB – diz o especialista em contas públicas José Roberto Afonso, da FGV. – Mas é péssimo quando o país retrocede, porque ocorre o inverso – disse.
Fonte: Folha de S.Paulo